ATA
DA NONAGÉSIMA NONA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA
DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 26-10-2011.
Aos
vinte e seis dias do mês de outubro do ano de dois mil e onze, reuniu-se, no
Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre.
Às quatorze horas, foi realizada a chamada, respondida pelos vereadores Airto
Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly,
Dr. Thiago Duarte, João Carlos Nedel, Maria Celeste, Paulinho Rubem Berta,
Pedro Ruas, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença. Constatada a existência de
quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a
Sessão, compareceram os vereadores Adeli Sell, Bernardino Vendruscolo, Beto
Moesch, Carlos Todeschini, Elias Vidal, Elói Guimarães, Fernanda Melchionna,
Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, Luciano Marcantônio, Luiz
Braz, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nilo Santos, Professor Garcia,
Reginaldo Pujol, Sebastião Melo e Sofia Cavedon. À MESA, foram encaminhados:
pelo vereador Elias Vidal, o Projeto de Lei do Legislativo nº 153/11 (Processo
nº 3188/11); pelo vereador Mauro Zacher, o Projeto de Lei do Legislativo nº
127/11 (Processo nº 2931/11). Após, foram apregoados os seguintes Memorandos,
deferidos pela senhora Presidenta, solicitando autorização para representar
externamente este Legislativo: nº 051/11, de autoria do vereador Beto Moesch,
do dia de hoje ao dia vinte e nove de outubro do corrente, no 4º Congresso
Brasileiro de Reservas Particulares do Patrimônio Natural e 1º Encontro
Internacional de Reservas Naturais do Pampa e do Cone Sul, no Auditório Dante
Barone do Palácio Farroupilha, em Porto Alegre; e nº 094/11, de autoria do
vereador Engenheiro Comassetto, do dia de ontem ao dia de amanhã, no Seminário
Internacional: 10 Anos do Estatuto da Cidade, no Ministério das Cidades, em
Brasília – DF. Do EXPEDIENTE, constaram Ofícios do Fundo Nacional de Saúde do
Ministério da Saúde, emitidos no dia dezessete de outubro do corrente. Durante
a Sessão, deixaram de ser votadas as Atas da Octogésima Segunda, Octogésima
Terceira, Octogésima Quarta, Octogésima Quinta, Octogésima Sexta, Octogésima
Sétima, Octogésima Oitava e Octogésima Nona Sessões Ordinárias e da Vigésima
Segunda e Vigésima Terceira Sessões Solenes. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
pronunciaram-se os vereadores Alceu Brasinha, Paulinho Rubem Berta, Tarciso
Flecha Negra, Idenir Cecchim, Mauro Zacher, Aldacir José Oliboni, este pela
oposição, Luiz Braz, João Antonio Dib, Reginaldo Pujol, Mauro Pinheiro e João
Antonio Dib, este pelo Governo. Na oportunidade, por solicitação do vereador Mauro
Pinheiro, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem póstuma ao senhor Assis
Brasil Dorneles Gonçalves, falecido no
dia vinte e três de outubro do corrente. Também, foi aprovado Requerimento
verbal formulado pelo vereador João Antonio Dib, solicitando alteração na ordem
dos trabalhos da presente Sessão. Em PAUTA ESPECIAL, Discussão Preliminar, 2ª
Sessão, esteve o Projeto de Lei do Executivo nº 040/11, discutido pelos
vereadores Elói Guimarães, Reginaldo Pujol, Professor Garcia e Aldacir José
Oliboni. Na oportunidade, o vereador DJ Cassiá formulou Requerimento verbal,
solicitando alteração no prazo regimental para pronunciamentos em Pauta Especial.
Em prosseguimento, a senhora Presidenta registrou o comparecimento, nos termos
do artigo 139 do Regimento, do senhor Vanderlei Luís Cappellari,
Diretor-Presidente da Empresa Pública
de Transporte e Circulação – EPTC –, convidando-o a integrar a Mesa dos
trabalhos e concedendo a palavra a Sua Senhoria, que discorreu acerca do
treinamento e da atuação dos agentes de trânsito que integram a Operação Balada Segura em Porto
Alegre. A seguir, a senhora Presidenta
concedeu a palavra aos vereadores Pedro Ruas, Bernardino Vendruscolo, Luiz
Braz, Reginaldo Pujol, Alceu Brasinha, Airto Ferronato, Haroldo de Souza,
Aldacir José Oliboni, Mario Fraga, Sebastião Melo, Paulinho Rubem Berta e Toni
Proença, que se manifestaram e formularam questionamentos acerca do assunto
abordado na presente Sessão pelo senhor Vanderlei Luis Cappellari. Após, a
senhora Presidenta concedeu a palavra, para resposta aos questionamentos
formulados pelos senhores vereadores e para considerações finais sobre o tema
em debate, ao senhor Vanderlei Luis Cappellari. Em PAUTA, Discussão Preliminar,
estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 157,
165 e 169/11, o Projeto de Lei do Executivo nº 041/11, os Projetos de Resolução
nos 033 e 036/11. Durante a Sessão, os vereadores Reginaldo Pujol,
DJ Cassiá e Pedro Ruas manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Às
dezessete horas e cinco minutos, a senhora Presidenta declarou encerrados os
trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã,
à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pela vereadora Sofia Cavedon e
pelos vereadores DJ Cassiá e Paulinho Rubem Berta e secretariados pelo vereador
Paulinho Rubem Berta. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída
e aprovada, será assinada pelo senhor 1º Secretário e pela senhora Presidenta.
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Gostaria que os
Srs. Vereadores e as Sras Vereadoras prestassem atenção nesta
informação: às 15h de hoje, nós teremos a presença do Sr. Cappellari, da EPTC.
Por
gentileza, pergunto se algum dos Vereadores deseja utilizar o tempo de
Liderança. (Pausa.)
O
Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. ALCEU BRASINHA: Sr.
Presidente, Ver. DJ Cassiá; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, hoje é
um dia muito triste para mim. É muito triste, Ver. Elói Guimarães, a gente ver
algumas coisas acontecerem, principalmente no Brasil. O homem que comandava o
esporte, que fazia a propaganda toda da Copa do Mundo, o Ministro Orlando Silva
- que tristeza! -, eu acreditei nele. Eu acreditei, Ver. Mario Fraga, no
Orlando! Quando ele esteve aqui, quando esteve lá no Grêmio, quando esteve no
hotel, convencendo-me a fazer campanha para a Dilma, eu estava lá junto. Mas eu
fico muito triste e olho para ele, Ver. Pedro Ruas, olho esta foto (Mostra
fotografia.)... O que é que quer dizer esta foto? O que pode comprometer esta
foto dele? Com esta foto, eu fico pensando: “Será que o homem tem culpa? Será
que o homem estava errado? Será que o homem estava fazendo as coisas de que a
revista Veja o acusa? Será?” Eu fico muito triste de saber que, hoje à tarde,
não teremos mais o Ministro dos Esportes. Só tem um Ministro melhor do que ele,
que é o Ministro do Turismo, que poderia ficar no seu lugar, que levou 7 mil
colorados lá para o outro lado do mundo, que foi o Celso Roth - conseguiu levar
e fazer turismo.
Mas eu
fico impressionado ao olhar para o Ministro dos Esportes, Ver. Reginaldo Pujol.
Por que eu falo tanto dele? Porque eu gosto do esporte, sou apaixonado pelo
esporte e eu acreditava nele! Eu acreditava, quando ele mesmo anunciou que a
Copa do Mundo seria lá no Internacional, e lá esteve ele junto à Deputada
Manuela, à Governadora Yeda Crusius e ao Secretário Lara; foram lá no nosso
Conselho do Grêmio anunciar.
E eu
ainda cheguei, olhei e disse: “Este Ministro é bom sujeito, é bom caráter”, e
eu levava fé nas palavras dele. E agora, depois de todas essas acusações, eu
fico pensando: “Será que dá para acreditar em alguém, Ver. Pedro Ruas?” Será
que dá, Pedro Ruas? Será que dá? Um Ministro que pregava a sua lealdade... Até
ontem ele estava falando na Copa, e agora derrubam o homem! Fazem o homem pedir
demissão, Ver. Cecchim!
Olha,
Vereador, olha esta foto aqui! (Mostra fotografia.) Olha esta foto se não dá
tristeza. Dá vontade de chorar! Eu estou com vontade de chorar, porque eu
acreditava nele, tinha certeza absoluta de que ia ser uma Copa do Mundo muito
boa, e agora o Ministro não é mais Ministro! Não é mais! E o que é que eu vou
fazer? Será que esse novo Ministro que chega aí vai ter experiência para
começar rapidamente a trabalhar no Esporte? Quem pode ser? Quem pode ser?
Porque não se faz um funcionário de uma hora para outra, não é, Ver. Cecchim?
Quando o senhor chegou lá na SMIC, o senhor não sabia tudo o que acontecia. E agora
vão botar um Ministro nessa fogueira, rapidamente, começar novamente? Como é
que ele vai negociar com pessoas de lá do outro lado do mundo, da FIFA? Quem é
que vai negociar? Quem vai fazer isso, Ver. Mauro Pinheiro? O senhor também,
Ver. Mauro Pinheiro, que gosta de esportes, não está chateado? Eu estou muito
chateado. Eu quero acreditar que esse cidadão não tenha feito nada. E às vezes,
Ver. Pedro Ruas, eu me lembro da Luciana Genro, estou com saudades dela, porque
eu gostava de ficar olhando ela na tribuna, batendo contra “os caras” que mexem
onde não devem. Então, eu estou com saudades da Luciana Genro, porque, se é
verdade que aconteceu isso, eu quero dizer que não vou acreditar mais em
ninguém.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. MAURO PINHEIRO (Requerimento): Sr. Presidente, Ver. DJ Cassiá, solicito um minuto de
silêncio pelo falecimento do Sr. Assis Brasil Dorneles Gonçalves, ocorrida no
domingo. Ele era pai da jogadora Maurine, que é porto-alegrense, lá da Cohab
Rubem Berta - ela postou no Twitter -, lateral direita da Seleção Brasileira de
Futebol Feminino, que ontem fez o gol da vitória da nossa Seleção em homenagem
ao seu pai, vencendo por 1x0, Ver. Tarciso, nos Jogos Pan-Americanos. O que nós
podemos dizer é que estamos juntos com a Seleção, com a Maurine, torcendo para
que ela conquiste essa medalha de ouro e que ela possa dedicá-la à memória do
seu pai, que muito lutou para que ela fosse essa jogadora e nos representasse
no Pan.
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Deferimos o pedido.
(Faz-se
um minuto de silêncio.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Paulinho Rubem Berta está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Requerimento): Sr. Presidente, o Ver. Paulinho Rubem Berta está na tribuna;
eu peço licença a ele, ele vai continuar na tribuna. Faço um Requerimento para
que as Pautas sejam antecipadas em razão da necessidade de a Proposta
Orçamentária passar por quatro períodos de Pauta.
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. João Antonio
Dib, que solicita antecipação dos períodos de Pauta. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR. PAULINHO RUBEM BERTA: Sr. Presidente; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores;
todos os das galerias e todos os que nos assistem; Ver. Mauro Pinheiro,
gostaria de lhe pedir licença, com toda a humildade, para fazer minhas as suas
palavras em homenagem ao nosso querido Assis Brasil Gonçalves. O Assis Brasil
Dorneles Gonçalves morou no Rubem Berta, prestigiou-nos. A sua filha é uma
craque, e ontem nos premiou com um gol, classificando o Brasil para a final, na
busca de uma medalha de ouro, o que encherá o Brasil e principalmente o
porto-alegrense de orgulho. É com tristeza que a gente hoje faz este relato, mas,
infelizmente, a vida nos prega isso. Peço licença ao senhor para fazer minhas
as suas palavras e o aplaudo pela atitude, e o senhor pode ter certeza de que é
com muito orgulho que digo isso.
O que me
traz à tribuna hoje é um assunto que está em pauta em todo o Brasil: a
corrupção no Ministério dos Esportes. Eu vou ser honesto com vocês. Primeiro as
coisas têm que ser julgadas, transitadas em julgado, para que se condene
realmente quem merece. Não sou juiz, logo não tenho o direito de prejulgar. Não
sei se esse Ministro realmente se apossou do que não era dele, do que era do
povo. Nós todos temos informações pelos jornais. Acusar, dizer “pegou, não
pegou”, só quem detém a prova pode fazer isso. Por isso me reservo o direito de
aguardar que as investigações confirmem esse roubo, porque isso, para mim, se
chama roubo. E não é só roubo de dinheiro, é roubo de esperança, roubo de
qualidade de vida das nossas crianças, que, muitas vezes, andam descalças,
Vereador, nas vilas, nos bairros, nos campinhos de futebol que ainda restam em
Porto Alegre - que ainda restam em Porto Alegre!
Nós, que
somos do bairro Rubem Berta, sabemos, por exemplo, que de lá saíram vários
craques de futebol - forjados lá. Saíram, ganharam o mundo, levaram o nome de
Porto Alegre, levaram o nome do Rubem Berta, levaram o nome do Brasil, Ver.
Tarciso. O senhor, que é campeão do mundo, sabe o quanto é importante isso.
Eu tenho
uma certa tristeza, Ver. Tarciso, por esses grandes atletas que lá se
constituíram, que lá frequentaram as creches e que hoje não olham mais para
aquele lado - infelizmente! E tenho admiração por aqueles jogadores que
voltaram às suas origens depois de enriquecerem com o seu talento, com sua luta
e que nunca deixaram de reconhecer as suas origens. O Anderson é de lá; temos
um centroavante que também é de lá. Então, isso me deixa triste. Não me deixa
magoado, não; deixa-me triste, porque as lideranças de lá continuam trabalhando
para botar alimento nas creches, nos clubes de mães, talvez forjando mais
craques lá.
Eu quero
dizer o seguinte: não me botem no rol daqueles que estão acusando sem ter a
prova na mão. Indícios estão sendo ditos pelos jornais, estão sendo ditos em
todos os lugares, mas não há prova nenhuma. Mas eu quero bater numa só tecla
aqui: se for comprovado que pegaram o dinheiro, que pegaram mais de R$ 40
milhões, que eram destinados ao Esporte, que eram destinados a dar uma chance a
muitas crianças das periferias da Cidade, do Brasil, se pegaram - se pegaram -,
eu quero saber se vão devolver. Coisa mais engraçada neste País: não devolvem.
Não vejo devolverem; vejo as pessoas pegarem dinheiro, ser provado, transitado,
julgado, e as pessoas continuarem com o dinheiro! Aí, Vereadores, nós temos que
responder, nas vilas, que a política é uma sujeirada só, quando não é verdade,
e esta Casa prova isso! Podem ver se não são os maiores que roubam e não
devolvem nunca! Dizem que o Fulano pegou, que o Sicrano pegou R$ 40 mil, R$ 200
mil, R$ 150 mil; é mensalão, é isso, aquilo, uma série de coisas. Citem um que
tenha devolvido o dinheiro para os cofres públicos, um que tenha devolvido o
dinheiro para as creches, para os clubes de mães, para as associações, para os
campos de futebol! Até para os campos de futebol! Os campos de futebol, na
cidade de Porto Alegre, estão caindo aos pedaços, não há dinheiro!
Querem
que o Governo Municipal faça mágica. Não tem como fazer, “o cobertor é curto”,
mas o cobertor é curto por quê? Porque tem gente grande botando a mão, tem
gente grande levando o grosso do dinheiro! E as crianças estão sem esse
recurso, que é delas, recursos obtidos com o pagamento dos nossos impostos.
Vejo
acusação, acusação e mais acusação, Fulano acusa daqui, Beltrano acusa dali;
Fulano diz isso, Beltrano diz aquilo, mas o dinheiro, que é bom que seja
devolvido aos cofres públicos e cumpra a sua finalidade, neca, Ver. Brasinha!
Às vezes,
eu fico tão enojado, que não me dá vontade de vir a esta tribuna para discutir
isso; prefiro ficar sentado no meu lugar, escutando, porque me causa repulsa
ver eles pegarem o que não é deles e não devolverem. O Fulano comprou mansão,
comprou jatinho, comprou isto, comprou aquilo, e o lanche, lá no campo de
futebol, para manter as crianças fora da rua, numa escolinha, não tem! O Ver.
Tarciso tem lutado muito por isso, eu tenho participado, tenho me somado à luta
dele. Temos que fazer rifa, galeto para comprar meia dúzia de camisetas! Eles
estão pegando milhões e vão sair todos de colarinho teso, bonito, bem passado,
vão viver bem nas suas mansões com suas piscinas, com seus carros. E as
crianças continuam não tendo um sanduíche na beirada do campo, Ver. Brasinha! O
que é isso? Então eu faço um apelo, porque, em vez de justiça, está se fazendo
uma injustiça.
Concluo,
Sr. Presidente, dizendo o seguinte: eles roubam, e nós temos que ouvir nas ruas
que todos os políticos são ladrões. Eu duvido que algum Vereador não tenha
escutado isso nas ruas. E não é verdade! A grande maioria dos políticos está
bem-intencionada e querendo fazer o melhor por este País. A política não pode
ir esgoto abaixo por causa de um, dois, três, cinco políticos safados. Muito
obrigado, Sr. Presidente; desculpa o desabafo, mas não consigo ver criança
passando necessidade, e eles botando milhões no bolso.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores,
Paulinho Rubem Berta, muito bonita a sua fala. Eu, Paulinho, não vou me cansar
nunca de lutar por essa minoria, pelas famílias dessas crianças carentes que
tanto precisam de nós, tanto dos políticos quanto da sociedade em geral. E nós
vamos continuar essa luta, Paulinho, porque eu vejo uma novela no Canal 36, o
Quinto dos Infernos - é o nome da novela, mas parece até um palavrão -, que
narra a história da chegada de D. João VI ao Brasil com seu filho D. Pedro I. E
ali já começa a ser sacada toda a riqueza do Brasil. Então, isso não vem de
agora!
O Orlando
é meu irmão de cor, e eu não vou julgá-lo, porque eu acho que é obrigação da
Justiça julgar e condenar, se ele realmente estiver envolvido. Então, quem sou
eu para julgar alguém? Mas uma coisa eu posso julgar: a Copa do Mundo. O
Orlando é o menos culpado disso tudo. Quando o Brasil fez aquele movimento todo
para sediar a Copa do Mundo aqui, a FIFA não implorou para que a Copa se
realizasse no Brasil, há outros países concorrendo. A FIFA tem normas, e aquele
país que cumprir essas normas será a sede da Copa, e foi o que o Brasil fez:
levou o Pelé, levou todos os ex-atletas de ponta como o Romário e até o
Presidente da República. Quando o Brasil foi escolhido, o Rio de Janeiro virou
um carnaval só, o Brasil virou um carnaval, mas se esqueceu das normas rígidas
da FIFA, que têm que ser cumpridas. Não existe aquele jeitinho nosso, de
“depois eu faço; depois eu assino”; na última hora, fazem tudo correndo, botam
mais cem, mais duzentos funcionários para terminarem a obra de faz de conta -
no dia seguinte, cai. A FIFA é muito rígida.
Então, o
Orlando, pelo que eu vi, pelo que eu li, lutou muito; ele viajou por este
Brasil todo buscando o apoio de todos, dos governos, dos prefeitos, dos
políticos, e aqui, em Porto Alegre, não foi diferente. Eu acho que os maiores
culpados disso tudo são duas pessoas - e me perdoem: a Presidente da República,
Dilma Rousseff, e o Sr. Ricardo Teixeira. Esses dois é que tinham que estar
viajando pelos Estados e cobrando, junto com os Ministros, e nós também
cobrando: será que a Copa será no Brasil? Está certo, e tudo estará pronto em
2013? A burocracia no Brasil é muito grande, é muito difícil. Para aprovar um
projeto aqui, é a coisa mais difícil, imaginem mexer num País e em toda a
Cidade, Brasinha! É muito difícil!
Então, o
Orlando é o menos culpado disso tudo. Eu acho que o culpado disso tudo é o
Presidente da CBF e também a Presidente da República, que tinha que estar junto
com ele, viajando no Estado. Já que a Copa do Mundo no Brasil é muito
importante para todos nós e para o Brasil, com toda a sinceridade, acho que
teria que haver o envolvimento da nossa Presidente e de todos nós, da
sociedade, inclusive dos políticos, etc.
Orlando,
eu, como admirador, não vou lamentar, nem nada, porque tu ainda não foste
julgado e condenado. A gente só lamenta isso tudo que está havendo na mídia.
Deus ajude que isso não seja totalmente a verdade. Nós não queremos acreditar
nisso. Principalmente eu, que sou teu fã, quero acreditar que nada disso
aconteceu. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR CECCHIM:
Presidente DJ Cassiá e Srs. Vereadores, vejo que as Vereadoras da Casa estão
solidárias com o Ministro Orlando Silva, estão fazendo uma oração pelo Brasil.
O Ver.
Tarciso, que é um homem educado, disse que o Ministro Orlando Silva é irmão de
cor. Eu quero dizer que o Ver. Tarciso é meu irmão de sangue e de coração.
O Ver.
Brasinha também estava falando, alto e bom som, e em bom-tom também, sobre o
Orlando Silva. Eu levantei essa questão na semana passada, eu me lembro bem.
Agora uma coisa me chamou atenção, Ver. Tarciso: já caíram cinco ou seis
Ministros, culpados ou não, só que há uma certeza, o dinheiro foi desviado por
todos eles; quanto a isso, não há dúvida. O Palocci ganhou R$ 20 milhões, R$ 30
milhões em poucos meses; saiu o Palocci, e ninguém mais falou nesses valores.
Desviaram uma fortuna do DNIT, mas ninguém mais falou em como se vai buscar
esse dinheiro. Cada um fica na sua fazenda em Goiás, Mato Grosso... Quanto mais
longe, melhor, que ninguém olha. Aí o Ministro da Agricultura caiu também, e
ficou por isso mesmo. O irmão do Jucá pagou uma dívida que não era para pagar,
de R$ 9 milhões ou R$ 12 milhões, e ficou por isso mesmo.
Agora, o
PCdoB, Ver. Melo, fez acordo com todas as ONGs, OSCIPs, associações, tudo, e
mandou dinheiro para lá. Está constatado que não foram prestadas contas daquilo
que era objeto do convênio. Então, eu acho que não dá para tapar o sol com a
peneira mesmo! Esse Ministro Orlando Silva também foi Ministro do Presidente
Lula!
Eu fico
aqui na dúvida, Ver. Oliboni. Eu queria ser mais educado, mas não sei como é
que eu chamo o Lula. De Ali Babá, não dá, porque ele tem muito mais do que 40
ladrões na sua turma de Governo. Ele não pode ser chamado de Ali Babá, porque
há mais do que 40 ladrões! Então, não é mais Ali Babá. Eu acho que o Presidente
Lula ganhou todas as condições para ser eleito o rei dos ladrões. Vocês lembram
daquele filme sobre aquele cara que roubava joias de tudo que era lugar? Então,
o Lula não é mais o Ali Babá por falta de quantidade de ladrões, pois há muito
mais. Então, ele pode ser “o rei dos ladrões”, que é um nome que lhe cabe bem.
É o Presidente que teve o Governo mais corrupto da história do Brasil. O pior é
que ele teve oitos anos, e ele queria perpetuar o roubo - ele chegou a inventar
o segundo tempo, junto com esse Orlando Silva, o segundo tempo do roubo. Agora,
vinha a prorrogação do roubo também. A prorrogação! Mas não é possível, esse
time não termina mais! Daqui a pouco, eles inventam o pênalti, para pegar e
roubar o restinho do dinheiro também.
Enquanto
isso, uma senhora viaja quase 600 quilômetros de Santa Vitória do Palmar até
Novo Hamburgo para ganhar os filhos. Ela e os filhos estão mal de saúde. E esse
pessoal lá de Brasília, do Ministério do Esporte... Que pena isso, Ver.
Tarciso! O Ministério do Esporte é para dar alegria, é para a prática do
esporte, é para ensinar a criança a não cair na sacanagem. Pois não é que essas
pessoas que tinham que fazer isso dão um mau exemplo? Eles fazem a sacanagem,
eles desviam o dinheiro, e não sei se não desviam para outras coisas, como as
drogas, porque quem não tem coração e tira dinheiro de criança que vai fazer
esporte pode fazer qualquer outra coisa, e eu não duvido que façam.
Então, se
há um culpado nisso tudo, nesses tempos todos, é o Governo do Presidente Lula.
Que Governo desastrado! Valia tudo no Governo do Presidente Lula! Os filhos
dele, o filho do Franklin Martins... Quantos filhos pegaram dinheiro desse
Governo! Os Ministros, os cunhados dos Ministros, os irmãos dos Ministros...
Tudo o Lula, o Presidente Lula, que saiu com 80% de popularidade. Mas quanto
custou para o Brasil essa popularidade? Dinheiro para todo o mundo! Este
comprou a popularidade. Comprou! Ele não tinha isso. Eu duvido de que agora o
povo brasileiro reconheça isso. Eu duvido! Comprou a popularidade, Sr.
Presidente Lula! Hoje dá para dizer claramente: não tinha condições. Era um
grande fanfarrão que deixava todo o mundo ao redor roubar, se fartar de ganhar dinheiro,
e ele ficava viajando, ganhando prêmios honoris
causa. Mas que causa é essa? É essa a causa, Ver. Adeli Sell? Não é uma boa
causa. Esses Ministros que estão caindo como um dominó, todos pertenciam ao
Governo Lula, infelizmente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Mauro Zacher está com a palavra para uma Comunicação
de Líder.
O SR. MAURO ZACHER:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, eu já vim a esta
tribuna e dividi com os colegas Vereadores o debate sobre as obras, sobre os
legados da importância que o momento da Cidade vive às vésperas da Copa do
Mundo. Esse foi um debate nesta Câmara e continua. Temos, aqui na Casa, a
Frente Parlamentar, comandada pelo Ver. Ferronato, e os desafios e os conflitos
para que se avance nas obras têm sido talvez o que mais tem nos consumido,
porque todos nós queremos que a Cidade cresça e se desenvolva, que aproveite
este momento. Por parte do Executivo, pelo Prefeito, a cobrança é para que esse
crescimento venha com um diálogo permanente com as comunidades e para que
possamos dizer que construímos, que fizemos obras, mas que não passamos por
cima de ninguém, que tivemos a capacidade de dialogar, seja através do
Orçamento Participativo, seja através dos Conselhos, principalmente pelo
Parlamento e pelos diferentes entes, seja o Governo Estadual, seja o Governo
Federal. Esse tem sido um exercício permanente. Ontem, eu assistia a um dos
grandes intelectuais, ou técnicos, da área do Turismo, o Professor Abdo, meu
colega economista, que chamava atenção para mais uma questão: os legados que a
nossa Cidade deixa para o futuro não só esses que enxergaremos no dia a dia,
porque serão anunciadas obras, mas que imagem o nosso Município deixará para o
mundo, se é que queremos que Porto Alegre seja uma cidade do mundo e,
principalmente, uma cidade turística.
Hoje o
Prefeito Fortunati anunciou algumas obras que já são reconhecidas, como a
passagem de nível da Rua Anita Garibaldi, a duplicação da Av. Tronco nos
trechos 3 e 4 da Av. Icaraí; a duplicação da Rua Voluntários da Pátria; a troca
de pavimento do corredor de ônibus da Av. Protásio Alves; a preparação da
implementação para o BRT; a troca de pavimento do corredor de ônibus da Av.
Bento Gonçalves, também para implementação do BRT; a duplicação da Av. Edvaldo
Pereira Paiva, trecho 3, do Beira-Rio até Pinheiro Borda; o viaduto junto à
Estação Rodoviária, ligando a Av. Júlio de Castilhos à Av. Castelo Branco.
Essas são obras que nós todos já conhecemos, mas o grande legado que se quer
deixar nesta Cidade iniciou quando o Prefeito disse que Porto Alegre não usaria
regime diferenciado de contratações; Porto Alegre continuaria usando a Lei de
Licitações que temos no nosso País e, principalmente, lançou hoje o Portal
Transparência da Copa do Mundo, para o cidadão que está nos acompanhando aqui,
pela TVCâmara, para o cidadão que está preocupado e que quer as obras, mas,
sobretudo, quer transparência. O Portal Transparência foi lançado para que o
cidadão possa acompanhar os trechos, para o cidadão que quer acompanhar o
andamento e, principalmente, Ver. Oliboni, os custos das obras. E V. Exª é o
autor da Lei que criou o Portal Transparência na nossa Cidade. Que bom! Esse é
um grande esforço não apenas da Prefeitura, mas do Executivo, que tem buscado
os diferentes órgãos, através de um fórum que se cria na Cidade com os
diferentes órgãos fiscalizadores, para que contribuam com o Município, para que
a sociedade acompanhe, para que nós possamos ter certeza de que estamos dando
obras, mas, acima de tudo, estamos oferecendo transparência nas obras que
teremos para a Copa do Mundo. O Executivo acerta e possibilita mais esse canal
de fiscalização para a população. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para uma
Comunicação de Líder, pela oposição.
O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Ver. DJ Cassiá; colegas Vereadoras e
Vereadores; público que acompanha a nossa Sessão no dia de hoje, eu tenho
certeza de que o nosso ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai ser lembrado
por muitos e muitos tempos, porque ele mudou, na verdade, a direção do nosso
País. Se antes nós éramos devedores, se nos ajoelhávamos diante do Fundo
Monetário Internacional, nós, com o Lula, passamos a ser credores, pois pagamos
a dívida e ainda emprestamos dinheiro ao Fundo Monetário Internacional. Se
alguns imaginavam que o Lula faria um Governo do PT, ou para o PT, Lula
inverteu a ordem, trouxe para junto dele muitos partidos que, inclusive, alguns
deles, hoje, fazem oposição a Dilma, mas é vice da Dilma, como é o caso do
PMDB. O Vereador que usou a tribuna há pouco, do PMDB, dizia que, no Governo
Lula, havia muitos suspeitos. Mas vários Ministros eram desse Partido, o PMDB.
Será que o Idenir Cecchim, do PMDB, chamou de ladrão também os Ministros do
PMDB?
(Aparte
antirregimental do Ver. Idenir Cecchim.)
O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Ele confirma. Portanto, se cada um fizesse o seu dever de
casa, separaria o joio do trigo e deixaria os homens de bem governarem este
País. São poucos que o fazem, muito poucos. Nós somos pequenos para tentar, mas
tentamos; nós pressionamos para isso, porque nós queremos, Ver. João Antonio
Dib, um Governo, como falou aqui o Mauro Zacher, transparente, que tenha
transparência, que tenha o Portal Transparência funcionando, para que a
população possa acessar, ver para onde está indo o dinheiro público e para o
que ele serve. Serve para melhor atender as pessoas ali no posto de saúde, para
conseguir a baixa hospitalar.
Ontem,
acompanhamos o drama de uma família do interior do Estado, da Elisiane San Martin, que viajou mais de 500
quilômetros, desde Santa Vitória do Palmar, até conseguir um leito para dar à
luz gêmeos em Novo Hamburgo.
Nós
percebemos que a maioria dos Municípios não investe os 15% na Saúde, compram
uma ambulância e procuram trazer para a Capital ou para uma grande metrópole
para atendimento, porque custa mais barato. Por isso a Emenda nº 29, a PEC nº
29, tem que ser aprovada, porque esses recursos têm que ser compromisso de
todos, do Governo Federal, do Governo Estadual e do Governo Municipal, e assim
mesmo é pouco, os Governos têm que ser criativos ao buscar através de Emendas
parlamentares, através de programas específicos para a construção de hospitais
no interior do Estado, para descentralizar o atendimento à Saúde. Portanto, a
criatividade está à moda de cada gestor. Tenho certeza de que o Governo Lula
vai continuar incomodando muitos, porque os programas que ele implementou
jamais alguns governos teriam a ousadia de fazê-lo como, por exemplo, o Minha
Casa, Minha Vida, um programa que trouxe mais dignidade àqueles que ainda moram
nas áreas de risco. Porto Alegre poderia fazer 10 mil unidades/ano, e isso não
foi feito; foram apenas 2.600 moradias. A própria Caixa Econômica Federal, Ver,
Brasinha, está pressionando para que se criem mecanismos de possibilidades para
poder implantar 10 mil unidades/ano, porque a demanda é muito grande; em apenas
três meses, mais de 40 mil famílias se cadastraram. É muito importante que os
Governos sejam rápidos, e não lentos. Por isso tenho certeza de que o Lula, nos
primeiros anos, pode não ter sido rápido, pode ter sido lento; mas, nos últimos
seis anos, principalmente na última gestão, foi o homem que deixará e já deixa
ciúme em alguns Partidos, porque os programas foram muito importantes, tão
importantes, que vão continuar por muitos e muitos anos fazendo justiça. Basta
que os governantes busquem os recursos com os Ministérios e nos programas que
existem à disposição da população.
Por isso,
quero fazer essa referência ao grande Lula, ao grande estadista. Jamais teremos
um homem tão ousado que trouxe os próprios inimigos para dentro do Governo para
mostrar a eles como se governaria ou como se fariam políticas para chegar
àqueles que mais precisavam. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma Comunicação de
Líder.
O SR. LUIZ BRAZ:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e
senhores, o Ver. Oliboni tem razão. O ex-Presidente Lula será lembrado para
sempre na História deste País, porque ele, simples mecânico, foi guindado, nos
dias atuais, a dono de uma das maiores fortunas conhecidas neste País. Como
pode acontecer um fato desse? Eu me lembro de que, antigamente, o Ver. Oliboni
e as pessoas que militam com ele vinham a esta tribuna para atacar o torneiro
mecânico que se tornou milionário usando a Presidência da República; com toda
certeza, sim. Mas os tempos mudaram, os tempos são outros!
Ver. Mauro
Zacher, hoje há esse novo escândalo no Governo Federal, que é de toda aquela
gente que ficou, do Lula, e que a Dilma tem que administrar, e está com
dificuldades. Por isso, ela está marcando passo! Ela tenta fazer alguma coisa,
mas não consegue, porque todos os dias há um novo escândalo por causa daquele
grupo do Lula. Acho que a Dilma está cometendo um grande erro na sua
administração, porque ninguém está sendo obrigado a devolver nada. Essa gente
rouba, rouba, rouba, e ninguém devolve absolutamente nada!
E agora,
Ver. Paulinho Rubem Berta, surge mais um escândalo! Ver. Oliboni, mais um! O
ENEM novamente! Descobriram, no Ceará - mas, se forem procurar, deve estar em
todo o lugar -, que as provas foram novamente fraudadas! Não dá para confiar em
nada deste Governo! Grupo de ladrões! Grupo que assumiu o comando deste País há
algum tempo, e a única coisa boa que fez foi enriquecer as pessoas que estavam
próximas deles.
Eu quero
que o Ver. Oliboni venha aqui e diga quem é que não enriqueceu, daquele grupo do
Lula. Começando pelo Lula! Meu Deus do céu, o grupo completo enriqueceu! Eu
quero que venham aqui e digam quem é que não enriqueceu, quem é que ficou sem
dinheiro, porque, afinal de contas, o negócio da anistia foi bom para todos. O
Zé Dirceu, meu Deus do céu, quem era o Sr. Zé Dirceu e quem é o Sr. Zé Dirceu
hoje? O filho do Lula, quem era e quem é hoje? Ninguém fala absolutamente nada!
Fica tudo como se as coisas estivessem absolutamente normais, mas o povo passa
fome, as escolas são de péssima qualidade, a saúde praticamente não existe,
porque as pessoas ainda continuam sofrendo e morrendo nas filas dos hospitais.
Nem falo
do Palocci, Ver. Brasinha, porque, afinal de contas, se nós começarmos a
enumerar as pessoas que roubaram dinheiro deste Governo, não dá, nós ficaremos
aqui uma tarde inteira e não vamos conseguir falar o nome de todos. É muita
gente! E ainda as pessoas vêm aqui para defender este Governo, para defender
essas pessoas. Eu quero que venham aqui e digam: “Fulano de Tal, que estava no
grupo do Lula, não ficou rico.” Que eu saiba, todos os que estavam naquele
grupo enriqueceram, a começar pelo Presidente da República e pelo filho do
Presidente da República, pelos seus Ministros, pelas pessoas que estavam mais
ligadas a ele. Todos enriqueceram, Ver. Beto Moesch, porque, afinal de contas,
aqueles que não conseguiram essas altas fortunas conseguiram, através do
processo de anistia, ganhar valores realmente exuberantes. Aqui existem vários
que se esconderam, desapareceram até da política; resolveram ficar embaixo da
cama mais uma vez.
(Não
revisado pelo orador.)
(A Verª Sofia Cavedon assume a presidência dos trabalhos.)
A SRA. PRESIDENTE
(Sofia Cavedon): Boa-tarde, senhores, senhoras.
O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação
de Líder.
O SR. JOÃO ANTONIO
DIB: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras; meus senhores e minhas senhoras, eu havia solicitado, Srª
Presidente, que a Pauta corresse em primeiro lugar, para que pudéssemos ter
assegurada a sua continuidade antes de iniciar a Ordem do Dia. Mas eu devo
dizer que, na segunda-feira - e eu não tenho medo, sou um homem sem muitos
medos, são poucos os medos que eu tenho, e um deles, talvez o maior, seja o de
magoar os meus semelhantes, especialmente aquelas pessoas de quem eu gosto -,
eu magoei o Ver. Aldacir Oliboni porque eu também estava muito magoado com o
que estava ocorrendo no Plenário da Casa do Povo de Porto Alegre. Inclusive fiz
um pronunciamento criticando a nossa Presidente, e o Ver. Oliboni, meu amigo,
foi fazer a defesa da Presidente, e eu, magoado que estava, brabo, disse que
ele falou mal de pessoas; não, ele falou mal de mim, quando disse que eu não
sabia o que era hip-hop, mais ou
menos isso, e que o boné é o uniforme tradicional dos seguidores do hip-hop. Eu peço desculpas ao Oliboni,
porque eu não quis ofendê-lo, e ele também não teve a intenção de me ofender,
mas eu estava magoado não com ele, mas com o que estava acontecendo na Casa do
Povo de Porto Alegre.
Hoje,
trocando ideias com ele, porque ele é muito religioso, eu disse que, em um
templo, não se entraria de chapéu, de boné, e ele me disse que isso é verdade.
Aí eu disse que aqui é o templo da democracia, não se entra de chapéu -
continuo dizendo isso -, mas ele me mostrou fotografias de outras Sessões no
Plenário, de outras Reuniões nas Comissões, em que chapéu, boina e outras
coberturas de cabeça foram utilizadas. Isso apenas mostra, Ver. Oliboni, que a
coisa anda muito mal na Casa, porque, para que a Casa seja respeitada, é
preciso que todos os detalhes do Regimento sejam cumpridos. E eu volto a dizer:
aqui é um templo da democracia e aqui não se entra de chapéu.
O Ver.
Oliboni, hoje, fez não a defesa da Presidente da Câmara, mas a defesa do
Presidente Lula. Eu ouço nas rádios de Porto Alegre, que a verdade faz bem para
a saúde, e não sou eu que agora estou dizendo, o Simers é que estava falando.
Ele disse que o estadista Luiz Inácio Lula da Silva levou o Brasil à glória,
que, quando ele entrou, nós tínhamos dívida no Fundo Monetário Internacional e
que agora não só temos crédito como emprestamos dinheiro para aqueles que
precisam. Mas, Ver. Oliboni, a verdade faz bem à saúde, e é verdade. A Saúde
hoje está numa situação crítica, pois foi exatamente dessa Pasta que saiu o dinheiro
para fazer o pagamento do Fundo Monetário Internacional. Nós pagávamos juros de
2% ao ano, passamos a pagar 12%, 13% aos banqueiros brasileiros, comprando com
Letras do Tesouro para fazer o pagamento da dívida externa; era 2% ao mês, e
este ano R$ 125 bilhões já foram pagos em juros da dívida pública do Brasil -
muito mais do que o dinheiro empregado na Saúde. É por isso que a verdade faz
bem para a saúde. É bom dizer que...
(Som
cortado automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente
concede tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: ...a
Presidente dilapidou as finanças brasileiras, fazendo uma dívida interna em
torno de R$ 230 bilhões, anualmente, para pagar os juros da dívida, não para
amortizar a dívida! E é R$ 1,8 bilhão a dívida pública brasileira que o senhor
estadista Lula deixou como herança para a Drª Dilma. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, em relação a este debate que se estabeleceu aqui na Casa acerca da
lembrança que os brasileiros terão do nosso ex-Presidente Lula, quando o Ver.
Aldacir Oliboni disse que o Brasil não vai se esquecer dele, eu diria que não
vai mesmo, o Vereador tem razão. Eu alinhavei aqui dez razões para a chamada
herança que a Presidente Dilma recebeu do seu antecessor, o Presidente Luiz
Inácio Lula da Silva.
Eu me
lembrei de dez situações. Ver. Oliboni, no Ministério das Cidades, entregue ao
Deputado Negromonte, do Partido Progressista da Bahia, há briga entre os
integrantes da Bancada, porque dizem (Lê.): “Parlamentares do PP se acusam
reciprocamente que são recrutados apoios ao Ministro e à política do Governo na
base do pagamento da propina”; no Ministério da Defesa, que foi mantido, a
pedido do Presidente Lula, o nosso conterrâneo Nelson Jobim, os aviões
franceses detonaram o Ministro, que saiu antes do tempo; no Ministério das
Comunicações, Ver. Oliboni, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
produziu mais novos escândalos aqui neste País; do Ministério dos Transportes,
a lembrança vai ser total: o Ministro Alfredo Nascimento foi compelido a largar
o Ministério diante de uma enxurrada de acusações, apesar de ele dizer da
tribuna que elas eram de responsabilidade daquele que o havia sucedido durante
o período em que ele esteve afastado e que produziu os fatos geradores das
denúncias contidas na imprensa, ainda não esclarecidas; na Agricultura, o caso
da Conab fez com que caísse o Ministro e assumisse o grande Ministro,
infelizmente adoentado no momento, Jorge Alberto Mendes Ribeiro; na Casa Civil,
falando no Palocci não preciso lembrar da Erenice, nem de mais nada; no
Turismo, o nosso bom velhinho, que fez aquela festa num motel e reclamou que
foi incompreendido, porque, provavelmente, na idade dele, motel servia para
outra coisa senão fazer festa, ele é mais um exemplo; a nossa Ministra da
Cultura, irmã do nosso Chico Buarque de Holanda, ia todos os fins de semana
para o Rio de Janeiro, onde tem residência, recebendo diárias - parece que está
devolvendo -; com relação ao Esporte, por enquanto, não dá para falar nada. E
aí, chega no final, são dez, ou seja, é um por mês. O décimo, agora, vem lá do
Ceará. O Ministério de Educação e Cultura reconhece que a denúncia que veio do
Ceará, qual seja, que os estudantes tiveram conhecimento prévio das provas do
ENEM, é verdadeira. Isso tudo se soma a uma explicação kafkiana que surgiu no
dia de ontem quando o Ministério de Educação e Cultura liberou os gabaritos das
provas do ENEM e disse que aquilo não servia para fazer uma avaliação
definitiva, pois precisava fazer uma análise coerente das respostas dadas pelos
estudantes, para, só então, sair a classificação. Isso é Kafka; não se
conseguiria fazer nada mais confuso do que isso. Esse Ministério, campeão dos
equívocos, das impressões inadequadas das provas, de todos esses fatos que, ao
longo do tempo, vêm sendo anunciados, esse vai garantir, sim, Ver. Aldacir
Oliboni, lembrança eterna do seu Presidente, porque o seu Presidente quer
bancá-lo para ser o candidato a Prefeito de São Paulo. Esse que fez essa
“provinha” do ENEM é o garoto-propaganda do Lula...
(Som
cortado automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente
concede tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. REGINALDO PUJOL: ...fraudada.
Por isso, Srª Presidente, a senhora me avisa que o meu tempo está se esgotando,
eu quero concluir, dizendo que o Ver. Oliboni, nosso futuro Deputado Estadual,
tem a absoluta razão; deste Presidente, da sua herança, o Brasil não vai
esquecer, especialmente a Presidente Dilma, que está comendo o pão que o diabo
amassou com os Ministros que o Lula deixou como herança para ela. Era isso, Srª
Presidente.
(Não revisado
pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. MAURO PINHEIRO: Presidente
Sofia; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; publico que nos assiste
pelo Canal 16; público das galerias, escutei atentamente Vereadores de diversos
Partidos, do PSDB, do PMDB, diversas acusações ao Governo Federal,
enriquecimento do Lula, dos quadrilheiros do Governo Federal. Como é fácil
bater lá no Governo Federal! Vamos discutir aqui, Ver. Luiz Braz. Por exemplo,
hoje está nos jornais, aqui do Sul, o senhor esqueceu ou não teve tempo de ler,
que as acusações entre integrantes do Governo Yeda Crusius tem novo capítulo na
Justiça. Podemos debater isso, podemos debater o Detran, ou podemos debater o que
realmente devemos debater, que é a cidade de Porto Alegre, Ver. João Antonio
Dib. Ou estamos esquecendo de discutir Porto Alegre? E o nobre Vereador do PMDB
veio aqui e acusou o Governo Lula, os integrantes do Governo. Vamos falar do
PMDB em Porto Alegre. Há poucos dias, o Presidente da empresa Carris, do PMDB,
saiu de lá por quê? O que aconteceu na Carris? Quem estava lá? Era o Lula? Não,
era o PMDB! E ninguém fala nada. Aqui vamos cuidar de Porto Alegre, é para isso
que nós somos Vereadores. Mas há mais, podemos também discutir o PMDB, a
Secretaria da Fazenda, o Governo Fogaça, que, até poucos dias, estava aí. E eu
quero falar do SIAT, Ver. João Antonio Dib. Vamos falar do SIAT, o Sistema
Integrado de Administração Tributária de Porto Alegre, que foi contrata a
empresa Consult, por R$ 5,8 milhões, em 2005, quando foi tirado da PROCEMPA,
que, segundo o PMDB, não conseguiria executar em seis meses o programa. Mas
isso foi em 2005; nós estamos em 2011, e o programa não está pronto, Ver. João
Antonio Dib! E quem era o Secretário da Fazenda? Era do PMDB, que está acusando
o Lula. Deve estar acusando porque 30 milhões de brasileiros saíram da linha de
pobreza - e isso deve fazer mal para o PMDB -; pessoas que hoje consomem, que
estão ganhando e vivendo melhor. Essa é a herança do Lula! As pessoas estão
melhor, há mais igualdade, Ver. Carlos Todeschini! Este é o Lula: está trazendo
igualdade, condições de vida à população! É esse o programa do Partido dos
Trabalhadores!
Agora, o
PMDB, que acusa, não consegue explicar à Secretaria da Fazenda que contratou e
pagou, Ver. João Antonio Dib... E estou aqui com um documento feito por mim e
pela Verª Maria Celeste, pela Bancada do Partido dos Trabalhadores (Mostra
documento.), e vou entregar hoje ao Ministério Público de Contas, que está
demonstrando tudo o que estou falando. Está documentado aqui, Ver. João Antonio
Dib! Eu pesquisei, estudei. A Bancada do Partido dos Trabalhadores está fazendo
seu papel de fiscalizar Porto Alegre. Vereadores de Porto Alegre fiscalizam Porto
Alegre! E aqui tem um organograma mostrando as datas previstas do Programa
SIAT, de R$ 5,8 milhões, que poderia ter sido feito de graça pela PROCEMPA -
isso em 2005; e nós estamos em 2011. E aqui, Ver. João Antonio Dib e Vereadores
do PMDB, tem um organograma financeiro que mostra que, no prazo de um ano,
foram pagos R$ 4 milhões por um programa que não está pronto! O Secretário da
Fazenda, deste mesmo PMDB que acusa o PT, era do PMDB e pagou por um programa
que não está pronto, no prazo de um ano, R$ 4 milhões, Ver. João Antonio Dib,
um programa de sistema que poderia ter sido feito pela PROCEMPA com custo zero,
sem custo para o Município! Deve ter dinheiro sobrando neste Município. Não é
possível, Ver. João Antonio Dib. Está aqui o documento; hoje, às 17 horas,
estaremos no Ministério Público de Contas entregando-o ao Geraldo da Camino
para que ele tome conhecimento. Mas tem ainda aquela...
(Som
cortado automaticamente por limitação de tempo.)
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib pede tréplica.
O Ver.
João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pelo
Governo.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª
Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras;
meus senhores, minhas senhoras, eu havia solicitado que se discutisse, na Pauta
Especial, a Peça Orçamentária da nossa Cidade, já que queriam tratar de Porto
Alegre, mas não dá, realmente é difícil a Câmara do Povo de Porto Alegre!
O Ver.
Mauro Pinheiro vai ali e fala de uma figura que eu coloco todas as razões para
entender que seja absolutamente correta: o Engenheiro João Antônio Pancinha
Porto Costa. O que aconteceu? Houve a dúvida, e o Prefeito o substituiu,
diferentemente do Orlando Silva. É diferente, não comparem, pelo amor de Deus.
Houve apenas a dúvida, e trituram uma pessoa que não merece.
Por outro
lado, o Ver. Mauro Pinheiro convocou, para vir aqui, o Secretário da Fazenda,
ouviu o Secretário da Fazenda; a Verª Maria Celeste fez um Pedido de
Informações, que lhe foi respondido com quase duas mil páginas. O Ver. Mauro
Pinheiro é um homem que entende de empresas, entende de custos, pela sua
própria atividade. É um homem sério. Então, ele ouviu, e, antes da
Administração Fogaça, a Administração João Verle queria fazer a mesma coisa, e
tentou na PROCEMPA. Não conseguiu. A PROCEMPA não conseguiu fazer. Então, a
PROCEMPA não conseguia fazer, e, quando o Fogaça assumiu, perguntaram se, num
prazo curto, de seis meses, ou quanto valha, ela conseguiria fazer. “Não, não
consegue fazer mais.” Então, foi feita uma licitação. Essa licitação, dentro
dos moldes da Lei n° 8.666 - dentro da Lei, legal e regimental -, foi feita, e
duas empresas se apresentaram. Em números redondos, uma tinha R$ 2,5 bilhões, e
a outra tinha R$ 5 milhões. Venceu, na forma da Lei nº 8.666, a de maior preço,
porque se considerava 70% técnica e 30% o preço. A empresa que perdeu entrou na
Justiça. Então o trabalho não poderia iniciar. Levou mais de três anos para que
a Justiça dissesse, com todas as letras, que a Prefeitura estava correta na
decisão da licitação. E o Tribunal de Conta disse a mesma coisa. O Ver. Mauro
Pinheiro sabe que, depois de mais de três anos - porque tem que ser considerado
o tempo da licitação -, o preço não poderia ser mantido. Então há uma
solicitação de reajuste, que será concedido. Ou, nós não estamos no Brasil que
tem inflação de 6%, 7% ao ano? Foi solicitado. O Secretário declarou aqui que
98% do Projeto estava concluído, 90% daquele valor inicial estava pago. Eu não
vi nada para colocar dúvidas sobre isso. Não existem dúvidas! Foi a Justiça que
falou, foi o Tribunal de Contas que falou. Agora ele vai levar ao Dr. Geraldo
Costa da Camino, do Ministério Público de Contas, lá no Tribunal de Contas do
Estado, para somar o quê? Eu não sei. Mas o Dr. Camino vai recebê-lo com
galhardia, com educação, vai olhar e vai dizer: “Pois é, eu já conheço, mas
tudo bem, não tem problema”. Agora, não dá para confundir com as histórias que
estão aí, com testemunhas fazendo relatório e Ministros caindo. E o pior, o
ex-Presidente da República - que não larga a Presidência; aonde a Presidente
vai, ele vai atrás, se possível - sugere ao Ministro que resista e não se
demita. Mas hoje ele foi demitido. Então, não dá para comparar.
Eu queria
falar só de Porto Alegre; no entanto, já que o Ver. Mauro Pinheiro - que tem o
meu respeito, ele é meu colega na Comissão de Finanças, mas, mais do que isso,
é meu amigo - obriga-me a falar um pouquinho daquela figura extraordinária que
saiu nos jornais de ontem com cocar de índio, ele é o índio, junto com a nossa
Presidente, outra índia. Mas o que vou fazer? Isso aí é assim! Agora, que está
certa a Secretaria da Fazenda, no seu caminho, o Ver. Mauro Pinheiro sabe que é
verdade, mas é que “dá ibope” fazer acusação. Eu não faço acusação, porque não
é o meu estilo. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Passamos à
DISCUSSÃO
PRELIMINAR
(05
oradores/10 minutos/com aparte)
2ª
SESSÃO
PROC. Nº 3490/11 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 040/11, que
estima a receita e fixa a despesa do Município de Porto Alegre para o exercício
econômico-financeiro de 2012.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para discutir a
Pauta Especial.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Verª
Sofia Cavedon, Presidente da Casa, nós estamos discutindo o Orçamento, que é,
inquestionavelmente, aquilo que o Governo Municipal deve arrecadar em termos de
previsão, porque a Receita é prevista, e a Despesa é fixada com base nos
programas estabelecidos pelo Governo. Há várias formas, Ver. João Antonio Dib,
de se examinar o Orçamento, que é um plano de números. Pode-se examinar por
unidades, tomando-se o conjunto de entes administrativos - secretarias A, B, C,
D, E - e os seus comportamentos numéricos, com a fixação da despesa e a
previsão da Receita, mas um apanhado aqui indica um incremento significativo no
Orçamento para 2012, na ordem de R$ 1,3 bilhão. É significativo, se levarmos em
conta a despesa realizada no ano de 2010, um volume bastante significativo, o
que dá a dimensão da vitalidade da Receita do Município. Evidentemente, já
ponderamos, quando discutimos o Orçamento, os dois fatores, e um fator
fundamental para que a previsão orçamentária se realize é o desempenho da
economia, diante de um quatro internacional analisado aqui de perspectivas que
não são boas. Ontem ainda vimos, nos noticiários nacional e internacional,
verdadeira batalha campal nos Estados Unidos, com passeatas, prisões, o povo
protestando em função dos cortes orçamentários, em função do desemprego. Então
o incremento que está previsto é bastante significativo.
Quando se
ouvem e se discutem todas essas questões ligadas à corrupção, é de estarrecer,
e estamos discutindo o Orçamento. A corrupção, substancialmente, é dinheiro que
sai dos orçamentos para irrigar a bolsa alheia; são recursos que, ao serem
aplicados nas diferentes atividades - seja no Estado, no Município ou na União
-, saem dos orçamentos, o que significa dizer que saem do bolso, saem da bolsa
do povo. Então, é a corrupção mais dolorosa, porque são recursos levados ao
Orçamento, através da receita pública e que, posteriormente, lá na ponta...
Vejam vem, quando é que se dá a corrupção? É lá na ponta, quando se fazem ou se
deixam de fazer as aplicações, ou se compra mal. E é por aí que se vai o que é
recurso orçamentário. Recurso orçamentário é recurso sagrado, porque vem do
esforço do povo, da Nação, para que as obras, os serviços, as verbas para
Saúde, Educação se realizem, diferentemente de outros tipos de corrupção que
também existem, que vêm da bolsa, que não a bolsa pública, que não o orçamento
público.
Vejam,
quando se discute o Orçamento, eu acho que é o momento para chamarmos atenção
para o dano, sem entrar no mérito, porque entendemos que as questões que ocorrem
aqui, ali ou acolá têm que ser apuradas.
O Sr. Adeli Sell: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Quero colaborar com a sua
discussão. Na verdade, o ideal seria lermos a Peça Orçamentária da Prefeitura e
fazer correções mais técnicas, mais institucionais, porque quem tem que
comandar o Orçamento não é o Legislativo. Nós vimos a meleca, a muvuca que são
as emendas parlamentares. Imagine V. Exª se a gente tivesse continuado, nesta
Câmara, a fazer emendas para 50, 100 metros de asfalto, ou seja lá o que for.
Ou seja, encher as galerias com gente de um beco da Vila Pinto para dizer que
eu botei tantos metros de asfalto na tal rua ou no beco tal. Qual o resultado
disso? É o que estamos vendo com aquelas emendas milionárias no Congresso Nacional.
Por isso eu, dificilmente, faço emenda à LDO e ao Orçamento. Eu me limito, como
Parlamentar, como representante do povo de Porto Alegre, povo de que gosto e
tenho prazer em representar, a fazer a devida fiscalização, para que não haja
nenhum ralo por onde se vá o dinheiro público.
O SR. ELÓI GUIMARÃES:
Incorporo a manifestação de V. Exª às minhas observações. É a questão da
elaboração orçamentária, porque, ao Chefe do Executivo, e está lastreado aí no
Orçamento Participativo... Agora, é bom que se diga que o Orçamento
Participativo toca num percentual, vejam bem, de menos de 10% do Orçamento!
Então, muitas vezes, as pessoas se equivocam. E eu quero dizer que o lastro
popular é fundamental no Orçamento. O Orçamento Participativo toca num
percentual muito pequeno, porque nós temos, para investimento no Orçamento que
está aqui, que estamos discutindo, 17%, sendo que, nesses 17%, já existe
comprometimento para programas e projetos.
Portanto,
fica aqui a nossa manifestação para falar de um aspecto extremamente positivo,
que é esse magnífico e maciço incremento, o que bem mostra o vigor fiscal do
Município. Teremos um incremento na ordem de mais de um bilhão! Vejam bem, é um
bilhão, trezentos e poucos milhões, que será injetado nos serviços, enfim, em
toda a malha, em todas as áreas do Município.
Fica aqui
a nossa manifestação para dizer que se trata de um orçamento em que se observa,
se analisarmos o seu conjunto, uma saúde financeira no Município de Porto
Alegre, do ponto de vista da previsão da Receita. Deverá se gastar...
(Som
cortado automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente
concede tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. ELÓI GUIMARÃES: ...Encerro.
Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Solicito aos Vereadores que cuidem o tempo, porque não
estão conseguindo encerrar a manifestação dentro do estipulado.
O SR. DJ CASSIÁ (Requerimento): Verª Sofia Cavedon, eu vou propor aqui que, em vez de dez
minutos - nós temos duas pautas mais, não é? São quatro? -, salvo melhor juízo,
acho que já existia um acordo. Esse acordo não foi renovado? Que passe para
cinco minutos. Essa é uma proposta.
A minha
outra proposta é que, logo após a Pauta Especial, entremos na Ordem do Dia.
Obrigado.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A sua segunda proposta é o que está previsto. Quanto ao
período de Pauta Especial, o Regimento prevê dez minutos, só com acordo de
todas as Lideranças poderemos mudar.
O SR. REGINALDO PUJOL: Presidente,
eu acho que a proposta inicial do Vice-Presidente da Casa, Ver. DJ Cassiá,
sobre a redução de dez minutos para cinco, até é válida para outro dia; não
para hoje, porque já começou com dez minutos.
(Manifestação
fora do microfone. Inaudível.)
O SR. REGINALDO PUJOL: Ah,
ele está dizendo que é para outro dia. Para outro dia, nós podemos acertar.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ele está propondo para as próximas Sessões. Depois eu
colherei a opinião do conjunto dos Líderes.
O Ver.
Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir a Pauta Especial.
O SR. REGINALDO PUJOL: Srª
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, segunda-feira, aqui
na Casa, foi, alto e bom som, afirmado que era muito mais importante se
discutir o Orçamento do que se enfrentar a Ordem do Dia. Isso nos deixa muito
clara a relevância da discussão que aqui acontece.
A Casa
não desconhece uma posição que eu tenho sustentado, ao longo do tempo,
relativamente às Leis Orçamentárias, até porque se têm confundido muito as três
grandes Leis que regem o processo orçamentário do Município: a Lei de
Diretrizes Orçamentárias, a própria Lei do Orçamento, afinal, que é onde se
busca objetivar aquilo que foi previsto no Plano Plurianual e na Lei de
Diretrizes Orçamentárias.
O que eu
tenho a dizer com relação a isso? Primeiro, se é efetivamente importante
discutir o Orçamento, vamos discutir na sua essência; vamos discutir, Ver.
Adeli Sell, o que representa se ter um Orçamento dentro daquilo que hoje vigora
no Direito brasileiro.
Eu me
lembro de uma luta antiga, desdobrada neste País pelo saudoso Senador Antônio
Carlos Magalhães, que pugnava por um Orçamento impositivo, pelo qual aquilo que
estava escrito na Peça Orçamentária tivesse verdadeiramente valor, porque, por
enquanto, os Orçamentos se definem naquelas conceituações clássicas.
A Lei
Orçamentária é uma lei que fixa a Despesa e estima a Receita, passando por um
terreno ilusório, porque, se a Receita se realiza ou não, fica o Chefe do Poder
Executivo com o poder do contingenciamento, que é o que normalmente acontece, e
não é só ao Prefeito Fortunati, mas dava também ao Prefeito José Fogaça, ao
Prefeito Verle, ao Prefeito Olívio Dutra, a todos os Prefeitos, a condição de
manobrar o Orçamento do jeito que mais conviesse à administração de cada um.
A isso
tudo se acresce essa história do Orçamento Participativo, pelo qual é dito à
população que é ela que estabelece as prioridades dentro do Orçamento. E, em
verdade, nós sabemos que o que estabelece, objetivamente e concretamente em
termos de investimentos as possibilidades do Orçamento Participativo, é a
capacidade maior ou menor que dispõe o Município de obter financiamento para
determinadas obras públicas no mercado nacional e internacional e recursos
oriundos do Estado ou da União, que, em contrapartida, ensejam a realização de
alguma obra.
Ou hoje
eu posso dizer que é no Orçamento do Município, Ver. Sebastião Melo, que há
recurso para a habitação popular? O que acontecerá com isso, se o Município,
diretamente, não faz mais habitação popular? Porque, dentro do projeto global
do Minha Casa, Minha Vida, quem irá fazer habitação popular - e se o fizer -
serão empresas com financiamento da Caixa Econômica Federal.
O Sr. Sebastião Melo:
V. Exª permite um aparte?
O SR. REGINALDO PUJOL: V.
Exª me honra com o seu aparte.
O Sr. Sebastião Melo: Ver.
Pujol, primeiro, eu agradeço o aparte. Eu acho que V. Exª está fazendo um
belíssimo raciocínio. O Orçamento no Brasil tem sido peça de ficção,
especialmente antes da Constituição de 1988. A Constituição de 1988 elevou-o
para outro patamar. Não é porque somos Vereadores e porque pertencemos, de
certa forma, a esta comuna, mas nós demos um passo à frente. O Orçamento
Programa hoje é uma realidade na cidade de Porto Alegre. Ora, se todos os
programas são cumpridos ou não... Mas eu acho que V. Exª tem razão. Eu mesmo
estou debruçado num tema, sobre o qual já falei na tribuna, chamado Plano de
Metas, que quero apresentar a esta Casa,que é, talvez, a última legislação de
minha autoria, e que está dando muito certo, especialmente em São Paulo. Ou
seja, o futuro Prefeito ou Prefeita da Cidade terá 90 dias, se a lei for
aprovada, após a sua eleição, para registrar as suas metas e a eficiência
delas. Não basta dizer que gasta 18% na Saúde, mas, afinal de contas, os 18%
estão trazendo resolutividade na vida do cidadão? Eu gasto 28% na Educação, mas
a Educação está bem no Município?
Eu quero
cumprimentar V. Exª; acho que temos coisas a comemorar; acho que é o maior
Orçamento desde que estou nesta Casa, e estou falando de 2001. É o maior
Orçamento na área de investimentos que, como Vereador, eu vejo, ao longo desses
11 anos.
Esperamos
que saia do papel. A Copa vai ajudar nisso; agora, também é importante dizer:
não há dinheiro a fundo perdido, tudo é empréstimo.
O SR. REGINALDO PUJOL:
Veja bem, V. Exª, muitas vezes, festejamos um fato que depois nos dá tristeza.
Eu tenho como lembrança muito antiga uma colocação de um dos mais bem humorados
cronistas brasileiros, que diz o seguinte: o Maracanã e a Copa de 1950 foram um
grande exemplo: lotou-se o Maracanã, se colocaram 200 mil pessoas para fazer
uma festa, e virou um velório! Quando nós jogamos com o imponderável, o
imponderável nos retira, obviamente, a possibilidade da certeza. E, quando
tratamos de Despesas fixas ou limitadas e Receitas estimadas, nós estamos batendo
e trabalhando em cima do imponderável.
Ora,
vejam bem, o Orçamento de Porto Alegre para o ano que vem prevê investimentos
fabulosos, todos ou quase todos dependendo de financiamentos que estão
prometidos; estão anunciados, mas ainda não estão celebrados. Eles só passam,
efetivamente, a ocorrer, Ver. Beto Moesch, quando os contratos estiverem
lavrados quando as obras estiverem licitadas, aprovadas e em processo de
execução. Aí começa a correr esse fato.
Agora,
neste País, há bem pouco tempo, nós tínhamos que fazer obras que, no ano de
2013, teriam que estar concluídas. Não precisa mais. Foi retirado do nosso
calendário 2013, e passamos a ter 2014 como referência, já que a Copa das
Confederações, que estaria a nos exigir a realização de algumas obras, não
sendo realizada em Porto Alegre, nos desobriga desse fato. Vejam bem, mesmo com
relação à Copa de 2014, que, inteligentemente, gerou um trabalho do Prefeito da
Cidade, das elites pensantes de Porto Alegre, desta própria Casa, que fez com
que ele conseguisse o compromisso dos financiamentos que são anunciados, mesmo
com a realização da Copa, temos essa espécie de dúvida, porque a figura da
certeza, neste particular, inexiste.
Sei que
posso estimar com razoável possibilidade de acerto a minha Receita própria. Eu
sei que posso estimar com a capacidade de acerto menor, mais razoável ainda, o
retorno do ICMS; agora, com relação à participação do FPM, já não é possível
fazer uma estimativa, porque o jogo muda toda hora e todo o momento, e muito
mais quando se depende de financiamento, que são operações mercantis, operações
bancárias, que seguem regras as quais não é possível delas serem excluídas. É
óbvio que pode, deve e parece que irá acontecer, ocorrer uma contribuição do
Governo no sentido de usar a sua força junto aos seus estabelecimentos de
crédito oficial e permitir que o juro seja mais...
(Som
cortado automaticamente por limitação de tempo.)
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Dr. Thiago Duarte se inscreve e cede seu tempo ao
Ver. Reginaldo Pujol. Mas informo que o Vereador não pode ceder o tempo que não
tem.
O Ver.
Professor Garcia está com a palavra para discutir a Pauta Especial.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Srª
Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, a Peça Orçamentária
sempre é o ponto alto de discussão aqui na Casa. Aqui já foi dito que estamos
com o maior Orçamento da história de Porto Alegre, apesar de o Orçamento
crescer a cada ano. Mas o de 2012 tem uma série de obras, de investimentos, num
total de R$ 4.687.684,00.
E aqui eu
quero fazer algumas conjecturas. Primeiro em relação ao Orçamento
Participativo, que as prioridades contempladas no Orçamento atendem às demandas
eleitas pelo OP, e na seguinte ordem: habitação, educação, saúde, assistência
social, pavimentação, saneamento básico urbano e saneamento do DEP.
Queremos
fazer alguns breves comentários também, porque normalmente a população tem
algumas noções erradas. Por exemplo, o IPTU, dentro deste Orçamento, significa
uma participação de 7,30%. Estão previstos, para o ano de 2012, 342 milhões e
um mil reais. E esse ISSQN é de 14,17%; ou seja, o que se arrecada, o que o
comércio e os serviços em Porto Alegre pagam é o dobro em relação ao IPTU.
Sobre o IPTU, o Ver. Bernardino até tem um Projeto prorrogando, mas o que
acontece? O pagamento, até o final do ano, entra nessa Receita e possibilita
que o Município não fique em débito nas suas finanças.
Como nós
vamos ter mais de uma Sessão, eu não vou entrar ainda na questão das Despesas,
mas vou falar sobre alguns investimentos importantes e que a população tem
acompanhado. Por exemplo, o que está previsto de obras para 2012? Para a
duplicação da Av. Beira-Rio está previsto um investimento de R$ 44.589.400,00;
para a construção de pavimentação de vias, R$ 27.953.000,00; para a implantação
da Av. Tronco, nesse primeiro sistema de 2012, R$ 23.728.000,00; para a
duplicação da Rua Voluntários, serão R$ 12 milhões; para o prolongamento da Av.
Severo Dullius, serão R$ 9.620.000,00; para o complexo da Rodoviária, que,
durante tantos anos, se pediu, finalmente sai da ideia, sai do papel, e em 2012
começa a ser uma realidade, para o qual estão previstos R$ 8,4 milhões. Dentro
desse sistema, são orçamentos concretos, e a população tem um anseio para saber
quanto e onde será investido.
Também
gostaria de falar sobre os programas, sobre os projetos, sobre os
financiamentos, as operações de crédito e a contrapartida. Para o Pisa, que
está na metade do processo, está previsto um orçamento de R$ 110.307.000,00, e
uma contrapartida de R$ 21 milhões; para o PIEC, que é o Programa Entrada da
Cidade, estão previstos R$ 14.568.000,00; para o Reluz, R$ 1.054.000,00. O
Reluz já está em uma fase quase que final, porque Porto Alegre está mudando as
suas mais de oitenta mil luminárias, fazendo com que tenhamos um acréscimo de
iluminação de mais de 30%, e uma economia de 40%.
O Sr. Carlos Todeschini: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver. Professor
Garcia. Eu o escutava atentamente, porque penso que, junto com o Plano Diretor,
a Lei Orçamentária é a lei mais importante de qualquer cidade.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Não
temos dúvida.
O Sr. Carlos Todeschini: Realmente,
as obras elencadas para serem executadas no Orçamento de 2012 são fundamentais
para a Cidade. Vou lhe dizer o que me preocupa: é que nós temos tido, ao longo
dos últimos anos, a apresentação de propostas bastante arrojadas, mas, na
prática, depois, no exercício do Orçamento, no ano corrente, elas efetivamente
acontecem em menos de 50%. Eu faço essa crítica, porque este ano nós temos um
Orçamento, em 2011, de R$ 660 milhões, e, para o ano que vem, ele está
apresentado como R$ 815 milhões para investimentos. É um Orçamento respeitável;
no entanto, examinando a execução orçamentária e a liquidação desse Orçamento,
vemos que ele acontece entre 40% e 50%. É muito aquém daquilo que é prometido!
Então,
faço esse alerta no sentido de que o Executivo se preocupe, em especial, com a
equipe da linha de frente, com a equipe técnica, porque ela é a responsável por
fazer o Orçamento acontecer. Conforme o que foi prometido para a Cidade,
conforme o que foi prometido para esta Câmara, efetivamente isso tem que
acontecer, senão passará como um engodo.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Só
que V. Exª também sabe que, se não estiver previsto no Orçamento, não há como
fazer. Então, isso que V. Exª falou é comum, eu não saberia dizer se chegaria a
50%, mas é comum planejar e, muitas vezes, não ser realizado na íntegra.
Eu quero
também falar da questão do PAC, para o qual estão previstos R$ 50 milhões e,
para o PAC da Copa, R$ 226 milhões. Dentro desse sistema, é importante colocar
a questão dos eixos que foi trabalhada. Três eixos da Administração Municipal
garantiram conquistas que apontaram novos desafios. O primeiro deles: qualificar
a prestação dos serviços públicos; segundo, fortalecer a participação popular
nas ações e políticas públicas; terceiro, realizar obras de melhoria para a
Copa de 2014.
E aqui eu
quero fazer o registro da minha tristeza pelo não cumprimento, por parte do
Sport Club Internacional, do estabelecido, o que, infelizmente, nos fez perder
a Copa das Confederações. E pouco se tem falado; se fosse por falha da classe
política, todo o mundo falaria, mas Copa das Confederações, desta vez, foi
perdida - e eu sou colorado, tenho uma posição - por uma falta de acerto, por
falta de combinação, de contrato. Na realidade, talvez tenha se jogado um
pôquer, blefaram, e a FIFA não quis saber de blefe, pagou para ver, e não
mostraram as cartas; perderam o jogo. E quem perdeu com isso é Porto Alegre,
que, pela realização aqui da Copa das Confederações, teria R$ 225 milhões de
investimento. Isso equivale a 25% dos investimentos de Porto Alegre.
Então,
queremos fazer esse registro, mas vamos colocar alguns detalhes ainda dentro do
eixo. O eixo 1 prevê a coleta automatizada do lixo orgânico no Centro Histórico
e em doze bairros. E aqui eu já vou aproveitar para fazer uma solicitação ao
DMLU, para que, na Cidade Baixa - e o Ver. Haroldo e eu estivemos lá, em nome
da Comissão de Educação -, conforme a reclamação de diversos moradores, as
lixeiras que foram colocadas em frente ao edifício, eles gostariam que fossem
colocadas em frente de determinados bares, pois estes geram muito mais lixo
orgânico do que o edifício inteiro. Então, está aqui uma solicitação para o
DMLU, que é sempre prestativo.
Também
estão previstos para o ano que vem 85 quilômetros de recapeamento na
revitalização asfáltica para 173 trechos de Porto Alegre; 96 das principais
ruas e avenidas serão repavimentadas com um investimento de R$ 30 milhões.
Também
está previsto, de forma mais incisiva, o Projeto Minha Calçada, que é a
recuperação dos passeios públicos, a começar pelo Centro Histórico e pela
Cidade Baixa, vinculado ao movimento “Porto Alegre: Eu Curto. Eu Cuido.”
Nós vamos
parar por aqui hoje, que é o primeiro, mas nós vamos falar na modernização da
Saúde, na questão da realização do 5º Congresso, com o projeto Prefeitura na
Comunidade, e as obras em andamento, quais sejam: a duplicação das avenidas
Beira Rio e Severo Dullius; a ciclovia da Av. Ipiranga; a recuperação do Túnel
da Conceição; a primeira etapa do metrô, que vai começar em 2012; a
revitalização do Cais do Porto; a criação, numa fase concreta, da Secretaria
dos Direitos Humanos, e, por último, a questão da implementação da Secretaria
do Trabalho.
Fizemos
aqui um apanhado geral.
(Som
cortado automaticamente por limitação de tempo.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulinho Rubem Berta): O Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra para discutir a
Pauta Especial.
O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Sr. Presidente, Ver. Paulinho Rubem Berta; demais Vereadores
e Vereadoras; público que nos acompanha neste momento, quero fazer algumas
considerações que acho de extrema importância neste momento, quando, nessas
seis Sessões, discutimos a Proposta Orçamentária de 2012, onde há uma análise -
embora eu a faça de forma um pouco crítica em relação à Peça Orçamentária - da
Câmara Municipal de Porto Alegre. Nós percebemos, Ver. Carlos Todeschini, que,
com os mais de R$ 4 bilhões, é óbvio que há muita coisa para se fazer e que dá
para se fazerem muitas coisas. Basta que, de fato, se apliquem esses recursos,
e que não fiquem pela metade, como se percebe ao longo do ano, quando são
executados os recursos da Peça Orçamentária.
Eu estava
ouvindo atentamente os colegas Vereadores sobre alguns programas importantes, e
chamou-me a atenção um projeto que votamos recentemente aqui na Câmara, que foi
a criação, em Porto Alegre, do IMESF - Instituto Municipal de Estratégia de
Saúde da Família. Nós até então fazíamos uma crítica muito pontual em relação à
absorção desses trabalhadores, uma vez que foi votada a Lei há mais de seis
meses, e o Governo deveria absorver esses trabalhadores a partir de julho, mas
não o fez. Segundo informações que temos, um pouco superficiais ainda, os
agentes comunitários seriam absorvidos a partir do dia 27 - portanto, amanhã -,
e estaria saindo o edital do concurso público até o final do mês. Em função de
não estar na Peça Orçamentária deste ano, de 2011, somente haveria a admissão
desses trabalhadores e a absorção integral desse Instituto em 2012.
Eu fui
olhar na Peça Orçamentária se de fato era isso, e, realmente, o Governo
cometeu, eu até diria uma grande gafe, porque, na medida em que instituiu o
IMESF em Porto Alegre, deveria ter percebido que teria que absorver para si os
recursos para manter o Programa, para manter o Instituto, mas não o fez, e só
irá fazê-lo no próximo ano. Diz o seguinte: “O Instituto Municipal de
Estratégia de Saúde da Família, ação nº 1.921, reorientação estratégia do
modelo assistencial, operacionalizada mediante implantação das equipes
multiprofissionais que atuam com ações que visam à promoção, à recuperação e à
reabilitação da saúde, à prevenção de doenças e agravos frequentes e à
manutenção da saúde da comunidade no âmbito da Estratégia de Saúde da Família
no Município de Porto Alegre”.
Aí então
nós vamos entender por que o Governo colocou aqui R$ 900 mil, e em duas etapas.
Eu gostaria, inclusive, de receber uma manifestação do Governo, senão fica até
a dúvida de se, de fato, ele vai fazer a absorção dessas equipes atuais, que
são em número de 105 a 115, aproximadamente, e que, segundo ele, seriam
estendidas para 200 equipes de PSFs até 2013. Creio que os recursos destinados
não são suficientes, porque, se temos hoje cento e poucas equipes e um
planejamento para aumentar para 200 equipes, deveria haver uma ampliação desses
recursos; na medida em que eu queira ampliar as equipes para toda a Cidade, tem
que haver, sim, recursos significativos, em torno de mais de R$ 4 milhões
anuais, que são os gastos hoje. Portanto, seria muito esclarecedor - e acho que
vai ser, na segunda-feira, com a vinda do Secretário Municipal da Saúde - que o
Secretário dissesse para nós como pretende absorver e gerenciar essas equipes e
como pretende ampliar seu número para 200 equipes de Estratégia de Saúde da
Família no âmbito de Porto Alegre, em todas as suas regiões.
Nós
entendemos, Ver. Todeschini, que o Governo deve satisfações para com a Câmara e
a comunidade, porque, se existe um calendário apontando que, a partir de
amanhã, dia 27, o Governo já estaria absorvendo os agentes comunitários...
Inclusive ele está dando orientação de como os agentes devem, a partir de
amanhã - num calendário que não foi apresentado para nós; deveria ser
apresentado -, ser absorvidos num calendário que deverá ser cumprido pela
Estratégia de Saúde da Família através do Dr. James, que vai ser o
Vice-Presidente. Ele estava no plenário há pouco, e não o passou para nós, Ver.
João Antonio Dib; peço a sua interferência no sentido de que ele apresente para
nós esse programa, porque, senão, fica uma coisa meia boca.
Na
segunda-feira, chega aqui o Secretário da Saúde, de quem vamos cobrar uma
questão muito pontual: que nós sabíamos disto, que não estava na Peça
Orçamentária e que vai estar somente no ano que vem, mas que, a partir de
amanhã, vai absorver os agentes, nós não estamos sabendo; se, a partir de
amanhã, por exemplo, ele vai suportar e pagar o vale alimentação; se, a partir
desse novo edital, que sai até o final do mês, vai estar garantida a prova de
títulos no novo concurso público. Então, é fundamental a vinda do Secretario na
segunda-feira, quando ele deverá prestar esses esclarecimentos e muitos outros.
Agora nós percebemos uma coisa correta: está na Peça Orçamentária para o
próximo ano, quando, de fato, o Governo terá condições de absorver o IMESF, que
enfrentará Programa de Saúde da Família em Porto Alegre.
O Sr. Carlos Todeschini: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver. Oliboni. Quero
aqui externar uma grande preocupação, porque o senhor traz um dado sobre o qual
eu não havia ainda me detido, que eu não havia examinado: que, para o IMESF, no
ano que vem, estão programados R$ 900 mil.
O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: É o que está na Peça.
O Sr. Carlos Todeschini: É
o que está na Peça. Ora, se temos a promessa do Governo de que, uma vez
aprovada a criação do IMESF por esta Câmara no final de junho, isso seria para
dar o tempo suficiente para a realização do concurso, a contratação e a
incorporação de todos os atuais agentes abrangidos pela Emenda n° 51, mais os
cerca de 400 que deverão ser contratados para dar conta das necessidades das
equipes do PSF, cujo objetivo, conforme meta anunciada pelo próprio Governo, é
ter 200 equipes, o que dará uma ótima cobertura para a Cidade. No entanto,
quando nós olhamos que há R$ 900 mil, isso dá para muito pouco, talvez uma
equipe e pouco.
O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Ver. Carlos Todeschini, o Programa de Saúde da Família é
uma parceria com o Governo Federal. Portanto, em torno de 80% dos recursos são
do Governo Federal. O Governo Municipal estaria dando apenas uma contrapartida,
conforme conversava com V. Exª, de 20%, mas R$ 900 mil é muito pouco!
O Sr. Carlos Todeschini: É
completamente insuficiente! E, mesmo que o recurso seja um repasse do Governo
Federal, ele já tem que ser previsto na Peça Orçamentária!
O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Para 2012.
O Sr. Carlos Todeschini:
Mas não está! É essa a estranheza que notamos agora na Peça Orçamentária. Por
quê? Porque, de duas, uma: ou o Governo não vai fazer o concurso e vai levar,
quem sabe... Porque nós estamos comprimidos por um ano eleitoral; a partir de
março, não se pode mais fazer concurso nem contratar. Ou, por outro lado, nós
vamos continuar com o serviço terceirizado, que está atendendo muito bem, com o
Instituto de Cardiologia, mas o que deixa os trabalhadores numa insegurança
total e não dá conta da reposição das equipes e muito menos da necessária suplementação
e cobertura no chamamento dos profissionais faltantes, como identificamos
ontem, por exemplo, lá no Posto 4, do Morro da Cruz.
O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Muito obrigado, Ver. Carlos Todeschini, é exatamente isso.
Nós percebemos, Ver. João Antonio Dib, que, neste momento, o Governo passa por
uma grande e muito pontual dificuldade no Programa de Saúde da Família.
Inúmeras equipes, hoje, como é caso específico da que visitamos ontem, na
Ernesto Araújo, a Unidade 4. Naquela Unidade, há três equipes de PSF, com um
médico. Uma equipe de PSF é composta por um médico, um enfermeiro, dois
técnicos de enfermagem e quatro agentes comunitários - são sete pessoas.
Somente nesse local, na Ernesto Araújo, Ver. João Antonio Dib, faltavam cinco
agentes comunitários.
Finalizando
a minha manifestação, colegas Vereadoras e Vereadores, quero explicar ao Ver.
João Antonio Dib que, na Unidade de Saúde da Ernesto Araújo, Morro da Cruz, com
três equipes do PSF, somente nesse local, faltavam dois médicos e cinco agentes
comunitários.
Eu
gostaria de saber do Governo Municipal se, no convênio com o Cardiologia - hoje
quem coordena é o Instituto de Cardiologia -, o Governo está repassando todo
recurso para o Instituto. O que não seria justo, porque faltam cinco agentes comunitários
e dois médicos. Será que o Governo está repassando, como se fossem três equipes
completas? E isso apenas nesse local, mas a maioria dos locais que hoje têm
uma, duas equipes do PSF faltam profissionais. E o Instituto de Cardiologia não
está autorizado a admitir esses profissionais que estão faltando. Portanto, eu
acredito que eles também não estão recebendo esse recurso. Quem sai
prejudicado? a população.
Concluo,
dizendo da minha preocupação trazida ao Plenário. O Governo deve perceber o
quanto é importante a Estratégia de Saúde da Família em Porto Alegre, mas
também deve se preocupar com os recursos destinados, porque nós queremos que
esse Programa continue, pois é importante para a Cidade, mas, para isso, é
preciso ter recursos, sim, para bancar o Programa que é bom para a população de
Porto Alegre. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para discutir a
Pauta Especial. (Pausa.) Ausente.
Hoje
temos o comparecimento do Sr. Vanderlei Cappellari, Secretário Municipal de
Mobilidade Urbana e Diretor-Presidente da EPTC.
(A Verª
Sofia Cavedon reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. DJ CASSIÁ: Srª
Presidente, peço perdão aos colegas, porque não encerrei a
Pauta Especial. Desculpe, naquele momento eu passei a presidência para a
senhora, e, equivocadamente, não encerrei a Pauta Especial. Peço que V. Exª,
por gentileza, encerre-a para não prejudicar os trabalhos.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não há problema. Há mais uma fala, depois, em Pauta
Especial, fechando a quinta fala, e depois teremos a Pauta normal. Mas vamos
privilegiar a fala do Secretário Cappellari.
Secretário,
seja muito bem-vindo, o que desencadeou o convite a V. Sª foi o tema do uso do
sigilo daquela senhora motorista por um servidor da EPTC e a mensagem que
enviou a ela. Nós sabemos que, depois da reação aqui dos Vereadores, já houve
desdobramento na EPTC. Então, o tema inicial é esse. Nós agradecemos a sua
presença aqui. A grande preocupação é como são tratadas essas situações, a
identificação da população, quais os cuidados que a EPTC tem, qual a
metodologia.
O Sr.
Vanderlei Cappellari está com a palavra.
O SR. VANDERLEI
CAPPELLARI: Primeiramente, eu quero dizer que é uma
honra estar novamente nesta Casa. Todas as vezes que somos solicitados a
comparecer sempre atendemos com maior brevidade possível.
Em
relação àquela situação do envio de mensagem por um agente de trânsito a um
cidadão que tinha sido abordado em ocorrência de trânsito ou em operação
especial como, no caso, a operação Balada Segura, da Lei Seca, quero
tranquilizar todos os Vereadores desta Casa que nós, da EPTC, temos o maior
cuidado, a maior vigilância em questão de preparação, treinamento dos agentes
de trânsito. Quero informar, para que os senhores possam ter o conhecimento
necessário, que, desde o chamamento após o concurso público, o agente de
trânsito passa, praticamente, 90 dias em treinamento: os primeiros 45 dias, sob
treinamento em sala de aula; os outros 45 dias, em treinamento monitorado, ou
seja, um funcionário já com experiência adequada, com todas as qualificações
identificadas dentro do efetivo do grupo de agentes, passa a acompanhá-lo, ele
terá acompanhamento de vários monitores durante esse período. Sobre todas elas
são emitidos relatórios diários do seu desempenho, da sua qualificação e da
forma como ele está se comportando na via pública. Durante esse período de
treinamento, ele recebe um manual de procedimentos. O manual de procedimentos é
muito claro, é um pequeno livro em que há os procedimentos que ele tem que
adotar em relação às abordagens: a forma de abordar, como ele deve trabalhar
com informações sigilosas a que ele tem acesso. Então, além de ter praticado no
treinamento, ele recebe esse manual, que deve estar permanentemente com ele
durante os dias em que ele está em operação. Então, é fundamental que ele siga
estritamente esse manual. O manual é muito claro em todas as situações de
abordagem, enfim, em todos os tipos de ocorrência que ele pode enfrentar na via. Ele recebe
orientação muito clara da EPTC de como ele deve se comportar, além da
interpretação do próprio Código de Trânsito, quando o manual for omisso em algum ponto. Ele recebe
todas as orientações de como ele deve se portar em casos de abordagens, sobre a
cordialidade que ele deve ter ao fazer as abordagens.
Além disso, nós chamamos QAP, que é uma forma de comunicação pelo rádio: durante um
turno por mês, ele fica fora da escala. Esse treinamento é feito todas as
quartas-feiras na sede da EPTC ou em qualquer ponto determinado pela equipe de
treinamento, para que ele possa receber treinamento específico ou uma série de
orientações que foram avaliadas pelo grupo da diretoria, pelo grupo de operação
ou pelo grupo de RH, para que ele receba, durante um turno por mês, orientações
adequadas e novas informações, enfim, passe, em treinamento, um dia por mês.
Isso fora os treinamentos eventuais, que são fora dessa programação.
Então,
não vou dizer que o nosso agente de trânsito seja a excelência do treinamento,
mas é - ao longo dos 13 anos de existência da EPTC, investimos em termos de
economia, tempo e qualificação - o funcionário com maior tempo de treinamento
dentro da EPTC hoje. Isso exatamente pela função estratégica que ele exerce lá
na via, em contato com o cidadão, com a população de Porto Alegre, com
turistas, enfim, com todos que estejam dentro do território de Porto Alegre e
que podem sofrer uma abordagem do agente de trânsito. Essa é uma preocupação
constante no sentido de aprimorar, qualificar e estar sempre atento aos
procedimentos que o nosso agente de trânsito tem todos os dias.
Quanto à
questão do acesso a informações sigilosas, ou seja, informações pessoais,
quando um agente de trânsito faz uma abordagem na via pública, ele só pode
solicitar dois documentos: a Carteira Nacional de Habilitação e o documento do
veículo. As outras informações que ele recebe são somente fornecidas pela
Central, e ele deve fornecer, ou o número da Habilitação, para ter informação
do condutor, ou a placa do veículo, para receber informação das condições do
veículo. Na via pública, é esse o nível de acesso que ele tem.
Quanto
aos operadores, às pessoas que realmente têm acesso aos dados pessoais, por
meio do Cadastro Geral do Condutor, com informações que estão no Cadastro
Nacional de Condutores e também do veículo, nesse caso nós temos um controle
rigoroso e 100% auditável. Quando ele abre o computador, ele já tem que colocar
o número de sua identidade e a senha, e é rastreável. Então, se ele fizer mau
uso daquelas informações, nós sabemos quem acessou as informações daquele
cidadão, o dia e a hora em que foram acessadas.
Então,
quanto ao acesso de dados pessoais, é extremamente seguro, pois não há como a
pessoa se utilizar desses dados sem que a gente possa rastrear. É isso. Nós
temos um cuidado muito grande quanto às situações que envolvam, por exemplo,
pós-abordagem. Em todas as reclamações que a gente recebe lá, há um tratamento
de averiguação, em que nós vamos buscar todos os dados e as informações
possíveis, para, realmente, esclarecer todas as situações, para que a população
possa confiar no trabalho da EPTC, principalmente quanto à questão da
fiscalização de trânsito, que é fundamental e que realmente precisa ser tratada
com a maior seriedade.
Estou à
disposição, Presidente, para mais esclarecimentos.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito obrigada, Secretário. Franqueio a palavra ao conjunto
dos Vereadores. Para o Comparecimento, pela regra, pode haver até dez
inscrições, mas eu acho que poderíamos trabalhar com dois minutos, no microfone
de apartes, para sermos mais expeditos, porque não podemos esquecer que, às
17h, teremos a homenagem aos nossos servidores, por seus 15, 20 ou 25 anos de
serviço.
O Ver.
Pedro Ruas está com a palavra.
O SR. PEDRO RUAS:
Minha cara Presidente, Sofia Cavedon; Vanderlei Cappellari, Presidente da EPTC, é uma satisfação
recebê-lo na Casa, sempre pronto a prestar esclarecimentos. Aliás, recebemos a
EPTC muito seguidamente, na CUTHAB, na pessoa do Pitol e de outros servidores,
que sempre nos trazem informações importantes, e eu quero lhe agradecer.
Eu quero, Dr. Cappellari, saber o
seguinte: V. Sª esclareceu bem, do meu ponto de vista, como é o preparo de cada
servidor, o treinamento interno e externo, o período - 45 a 90 dias -, e eu não
sei, talvez por falha minha de conhecimento de informática; eu acho que a
população deve ter um conhecimento médio, para baixo, então nós temos que ter
esta ideia: como se dá a guarda dessas informações, ou seja, como é mantido o
sigilo, seja do contribuinte, seja do motorista, seja do proprietário do
veículo, e como se dá o acesso a esses dados? Quem pode ter esse acesso? É só o
Dr. Cappellari, é só o Dr. Pitol, ou todo e qualquer servidor da EPTC? Ou seja,
como se dá esse acesso e se ele poderia ter-se dado de uma maneira que hoje
deve ser modificada? Essa é a linha que eu gostaria de desenvolver e de
esclarecer. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE
(Sofia Cavedon): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra.
O SR. BERNARDINO
VENDRUSCOLO: Vanderlei Cappellari, Diretor-Presidente da EPTC, eu venho,
em nome da Bancada do PSD, especialmente a pedido do Ver. Tarciso Flecha Negra,
dizer que ele solicitou que eu fizesse o registro do período em que vocês
trabalharam juntos por três anos e do carinho que ele tem pela sua pessoa.
Eu pedi para falar em razão de um outro
fato - e eu já lhe passei o material -, porque, a respeito desse servidor, eu
não vou tratar, por entender que é um fato isolado. Com todo o respeito aos
demais, ele foi punido, e quero cumprimentar a EPTC por essa atitude, pela sua
atitude, de ter tomado, energicamente, a decisão na hora certa. Se todos
agissem assim, nós não teríamos outros servidores com esse tipo de atitude. E essas
coisas acontecem em todas as instituições. Nós não podemos achar que, nessa ou
naquela instituição, há 100% de pessoas com a cabeça no lugar. Então, quero
cumprimentá-lo por isso.
Eu quero trazer outro assunto. Olha só:
essa decisão de colocarem esses equipamentos aqui na frente da Secretaria da
Fazenda, ao lado da Câmara de Vereadores, é um absurdo, porque ninguém é dono
da calçada. Para fazer isso daqui tem que se achar dono da calçada (Mostra
foto.). É um absurdo!
Por outro lado, pedi que prosseguissem
na fiscalização das caçambas dos tele-entulhos. Esta fotografia, eu tirei agora
à tarde, na Rua da Praia. (Mostra foto.)
Então, quero lhe pedir compreensão - eu
sei que V. Sª tem dificuldade, até me falaram que há necessidade de um
regramento na Lei que foi aprovada por esta Casa - e sei que V. Exª vai fazer,
pois tem sido muito gentil conosco, em especial, também, o seu representante
aqui na Casa, o Pitol. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE
(Sofia Cavedon): O Ver. Luiz Braz está com a palavra.
O SR. LUIZ BRAZ: Obrigado Srª
Presidente. Cappellari, sempre é bom recebê-lo aqui, porque as pessoas sabem da
tua seriedade e da tua capacidade à frente daquela Secretaria - esse pensamento
é unanimidade na Casa -, tanto é que eu acredito que você é uma das pessoas
menos criticadas aqui, na nossa Câmara de Vereadores. Mas o fato que ocorreu,
com toda certeza, é extremamente isolado. E eu acho que a Secretaria agiu de
forma correta, porque, afinal de contas, você não pode estar junto de cada um
dos seus agentes, mas é claro que, quando você toma conhecimento das coisas
erradas que acontecem, você logo acaba tomando a posição correta.
A única coisa que tenho a dizer a você,
Cappellari, é que muitas vezes, nós, Vereadores, que somos representantes da
sociedade, quando nos dirigimos à Secretaria - e isso tem acontecido muito
comigo - falando, por exemplo, de problemas com passagem de pedestres em muitas
regiões da Cidade, ficamos sem resposta e, muitas vezes, a Secretaria não dá
para o Vereador e para esta Casa a atenção devida. Eu acho que essa comunicação
entre nós, Vereadores, e a Secretaria deveria ser feita de uma forma que nós
pudéssemos responder para as comunidades de uma maneira mais imediata. Era só
isso.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE
(Sofia Cavedon): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra.
O SR. REGINALDO
PUJOL: Srª Presidente, eu gostaria, se a senhora me fizesse a fineza, de
ser informado sobre o objeto do convite ao Secretário.
A SRA. PRESIDENTE
(Sofia Cavedon): Eu informei que o objeto da visita era o tema do vazamento
do sigilo do telefone de uma senhora que foi abordada por um fiscal da EPTC;
ele, posteriormente à abordagem, utilizou esse telefone para mandar uma
mensagem a ela. Então, o objeto da vinda do Secretário é o tema do sigilo, da
orientação dos agentes nesses casos.
O SR. REGINALDO
PUJOL: Perfeito, agradeço a Vossa Excelência. Eu fiquei um pouco
confuso, porque os assuntos já derivaram para outras situações, todas elas
relevantes, mas, no meu entendimento, inadequadas para o momento. Eu não estou
preparado para questionar o Secretário sobre outros assuntos, porque vim
preparado, em primeiro lugar, para reconhecer que, efetivamente, a Secretaria teve uma atitude positiva. E eu acredito que
isso impede que sejas acusado de ser omisso com o particular, e até porque, se
a atitude tivesse sido exagerada ou ilegal, se extrapolasse a sua competência,
ela poderia ser objeto de correção, mas, segundo me consta, isso não foi
buscado pela parte interessada, e reconhece, explicitamente, que agiu de forma
inadequada com as normas muito bem esclarecidas por Vossa Senhoria no seu
esclarecimento.
A
pergunta, no particular, só ensejaria que eu buscasse um pequeno
esclarecimento, que deixarei para o final, quando V. Sª responder a todos nós,
para que ela possa ser objeto da sua consideração. Realmente, observei que tudo
isso se dá em função de uma operação especial, a Balada Segura. Existe,
inclusive, uma Frente Parlamentar aqui, na Casa, que parte desse sentido. Essa
Operação Balada Segura nasceu e se desenvolveu dentro da EPTC; então, à medida
que o senhor informar sobre o restante, eu lhe perguntaria, como consequência,
se esse ato pode, de certa maneira, prejudicar o trabalho que vem sendo
desenvolvido, colocando em risco, inclusive, a seriedade, a credibilidade, e,
mais do que isso, a razão de ser dessa atuação, que, a meu juízo, me parece
efetiva e que poderia ser - essa é a minha indagação - prejudicada pelo ato já
punido por parte da ação rápida determinada por Vossa Senhoria.
Era isso.
Meus cumprimentos e o meu reconhecimento pelo fato de que V. Sª que nunca se
furta de estar aqui na Casa debatendo os assuntos para os quais é convidado. Em
outra oportunidade, debateremos outros assuntos. Hoje vou ficar restrito ao
objeto do convite.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra.
O SR. ALCEU BRASINHA:
Srª Presidente, eu também não vou fazer questionamentos, porque acho que o
assunto do agente já está superado, mas quero dar os parabéns ao querido
Secretário Cappellari pelo belo serviço, pela bela atenção que ele dá para a
comunidade e para nós também.
Quero
dizer, Cappellari, que eu realmente tenho muito orgulho do seu trabalho, porque
exerces um trabalho com excelência, com qualidade, é atencioso e dá retorno.
Também quero dar os parabéns por ter nomeado o agente Carlos Pires Diretor de
Trânsito, porque é um funcionário muito atencioso e que trabalha muito pela
Cidade. Parabéns, Cappellari; continue esse trabalho, V. Exª trabalha muito bem
junto com a Cidade, junto com o Prefeito, junto com os outros Secretários. Só
tenho que elogiá-lo, porque, desde que me conheço, não tinha visto um
Secretário trabalhar tão bem na EPTC como Vossa Excelência.
(Não revisado
pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra.
O SR. AIRTO FERRONATO: Srª
Presidente, quero, sem fazer nenhum questionamento, trazer um abraço e
cumprimentar o nosso Secretário Cappellari pelo trabalho que tem desempenhado
na nossa Secretaria. Aproveito também para trazer aquele abraço ao Pitol, que está, atenciosamente, fazendo a
sua parte aqui conosco. Quero dizer que estamos juntos nessa empreitada e que
V. Exª tem, sim, não vou dizer unanimidade, mas estamos com V. Exª nesse apoio
a esse processo que se desenvolve na Secretaria. Um abraço a V. Exª e a todos
os nossos servidores da Secretaria.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra.
O SR. HAROLDO DE SOUZA: Boa
tarde, Cappellari. É uma pergunta direta e num ponto definido. Uma pergunta:
por que o carro da EPTC, com dois agentes, permanece lá Av. Guaíba, de
segunda-feira a sexta-feira, até as 20 horas, ou talvez menos, não sei, e,
quando o bicho começa a pegar com o som alto, perturbando os vizinhos de toda a
região, os dois agentes da EPTC somem? Sugestão: quem sabe multam-se esses
carros que já são definidos, três ou quatro, na Av. Guaíba, em frente ao Garota
de Ipanema, uma vez, duas vezes... Na terceira ou quarta vez, por que não
arrancam o som desses marginais? É possível essa observação? Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra.
O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, eu queria saudar a vinda do nosso grande
amigo Cappellari, que, prontamente, sempre atende às nossas agendas,
parabenizando também a interlocução com o Pitol que seguidamente comparece à
Câmara. Quero parabenizá-lo pela sua atitude imediata de tomar providências no
caso pontual trazido e que justifica a vinda de V. Sª, mas não posso deixar de
fazer uma pergunta que é uma preocupação, eu diria, de 99% a 100% da população
porto-alegrense, que diz respeito ao transporte coletivo em Porto Alegre.
Existe uma ação muito bem coordenada pela Presidente da Casa, Ver. Sofia
Cavedon, com o Programa Câmara no Ônibus. E nós percebemos que são muitos os
donos de empresas de transporte coletivo que, infelizmente, não cumprem a
tabela de horários desses coletivos, seja na saída, seja na volta.
São
muitas ações, mas vou lhe dar um exemplo. Numa delas, feita recentemente, na
Av. Bento Gonçalves, em frente à Igreja São Jorge, percebemos que a parada tem
em torno de 30 metros de extensão; então, ou o ônibus para no início ou no
final. O ônibus para uma vez só, e pessoas idosas, pessoas que estão numa das
extremidades da parada não têm como acessar a entrada do ônibus. As pessoas
ficam gritando. Outros ônibus estão com os elevadores de acessibilidade estragados.
Então, eu
queria lhe sugerir duas coisas. Primeiro, que essas paradas que têm grande
extensão possam ter o número da linha, porque o motorista vai se preocupar em
parar al,i e não só numa das extremidades. E o cidadão, ao chegar na parada,
vai saber que é ali, naquela plaquinha que tem o nome da linha - Santa Maria,
Viamão, enfim -, que ele tem que ficar, porque as pessoas idosas, em função de
a parada estar lotada também, têm dificuldade de locomoção. E a outra é que a
fiscalização seja permanente, porque nós percebemos que, quando a multa pesa no
bolso, o ônibus vai cumprir o horário.
Eu
parabenizo V. Exª, porque nesse dia da ação, os “azuizinhos” estavam lá, foram
bem-educados, fizeram uma ação permanente, inclusive chamavam atenção para que
os ônibus permitissem a acessibilidade e que também os motoristas tivessem mais
paciência ao parar onde as pessoas estavam pedindo para parar. Mas creio que
essas orientações podem ajudar muito.
Parabéns
e boas-vindas!
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Mario Fraga está com a palavra.
O SR. MARIO FRAGA: Pela
Bancada do PDT, depois do discurso do Oliboni, que aproveitou este espaço, eu
também queria parabenizá-lo pela atitude tomada pela EPTC. Com certeza, foi
baseada na legislação e na área jurídica. E os Vereadores também se reportam
muito à presença do Pitol nesta Casa, tratando todos com muito carinho e muito
respeito.
Também
aproveito a oportunidade para solicitar informações sobre as linhas de lotação
da Restinga e de Belém Novo, pois está se aproximando o fim do ano, e as
pessoas têm nos cobrado, já que aprovamos o Projeto aqui há mais de 60 dias. Eu
agradeço e dou os parabéns pelo trabalho da EPTC.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Presidenta
e querido Secretário Cappellari, eu teria aqui vários assuntos, mas acho que
Vossa Senhoria se dispôs a vir aqui à Casa para tratar de um tema específico,
que é a questão da demissão do “azulzinho”. Eu quero me restringir a ele. Eu
não vou discutir, Cappellari, o poder discricionário, e acho que Vossa
Excelência fez bem e deu uma resposta à sociedade. Agora, eu não posso deixar
de registrar que essa menina - eu não a conheço - estava dirigindo embriagada!
Ela se negou a fazer o exame e, pelo que eu percebi, depois ficou até
debochando! Eu só queria fazer esse registro porque, se de um lado eu condeno o
“azulzinho”, eu não posso aplaudir também quem desrespeita uma lei de trânsito
e acha que fica por isso mesmo! Um escândalo é uma corrupção que não deu certo.
Quantos dirigem nesta Cidade e não são pegos? Ela foi pega em uma barreira, mas
me parece que foi para a festa, continuou bebendo, alguém levou o carro, o
rapaz foi demitido. Acho que a EPTC agiu bem, mas eu não poderia deixar de
fazer este registro porque eu acho que esta menina não agiu bem também.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Paulinho Rubem Berta está com a palavra.
O SR. PAULINHO RUBEM BERTA: Srª Presidente, nosso querido Diretor da EPTC, Cappellari,
venho aqui para agradecer o tratamento e a cortesia que tenho recebido na EPTC
em todas as demandas que tenho levado ao senhor, à sua diretoria e aos seus
membros. Quero aqui cumprimentar, se me permite, a Drª Cristina e o nosso Pitol
por todo o apoio lá e pelo empenho que fazem além do normal, além da sua
obrigação para atender às demandas que são da Cidade, são deste Vereador, mas
são da Cidade também. Por isso quero lhe dizer que nós estamos plenamente
satisfeitos e orgulhosos porque, há algum tempo, quase todos os dias, nós
tínhamos aqui reclamações e demandas sobre a EPTC, e hoje muito pouco se fala
na EPTC e, quando se fala, é para reconhecer o trabalho que o senhor e a sua
equipe têm desenvolvido junto à EPTC.
Em meu
nome, como Vereador, e em nome da Bancada do PPS, eu agradeço muito. Muito
obrigado a todos.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Toni Proença está com a palavra.
O SR. TONI PROENÇA: Obrigado,
Presidente. Eu só queria saudar o Vanderlei Cappellari, Diretor-Presidente da
EPTC e dizer que o que houve contempla as razões pelas quais o “azulzinho” foi
demitido, por acessar indevidamente o cadastro de uma contribuinte. Eu o
cumprimento, Secretário, pela presteza com que o senhor vem a esta Casa dar
essas informações e esclarecer definitivamente esse assunto. Parabéns pela
atuação.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Sr. Vanderlei Luís Cappellari está com a palavra para
fazer as suas observações sobre os temas levantados pelos Vereadores.
O SR. VANDERLEI CAPPELLARI: Srª Presidente, primeiro eu quero agradecer as manifestações
positivas não à minha pessoa, mas principalmente à equipe toda da EPTC; lá
temos uma equipe bastante grande, e todos têm um envolvimento praticamente
diário e diuturno com as questões de prestação do serviço público. Nós nos
identificamos claramente como prestadores do serviço público, prestadores de
serviço às pessoas de Porto Alegre. Então, toda a infraestrutura, toda a
capacidade de gestão, de manutenção, implantação de projetos de sinalização,
projetos de segurança têm o viés de proteger as pessoas, de salvar a vida das
pessoas, de evitar a ocorrência de acidentes. Esse é o grande objetivo da EPTC,
no sentido do trabalho realizado todos os dias.
Quanto à
questão de acesso ao cadastro das pessoas, nós temos um contrato, Ver. Pedro
Ruas, com o Detran. O Detran tem os cadastros chamados GID de veículos e GID de
pessoal. Para o funcionário ou o agente de trânsito acessar os dados das
pessoas, ele tem que se logar no computador, é um acesso específico que se faz
ao cadastro do veículo ou ao cadastro de motorista, no caso, o Sistema Nacional
de Habilitação, ou, então, acesso ao GID completo, que é de acesso muito
restrito, a que, realmente, poucas pessoas têm acesso lá na EPTC. Eu não tenho
acesso a nenhum deles. A pessoa, para entrar, tem que se logar no computador,
tem que colocar o número da Identidade, tem que colocar a senha, e só ele recebe
essa senha, e é o sistema de cadastro do Detran que fornece a ele. Então, se
ele der essa senha para outra pessoa, o problema é dele, ele vai ser
responsabilizado por isso. Quanto ao acesso externo, não é possível. Ele recebe
informações da documentação que ele tem direito legal de requerer, para
averiguar situações tanto do condutor, quanto do veículo, e solicita
informações para a nossa central, que é onde se tem acesso a esses dados
sigilosos. Normalmente, ele só tem informações das condições do condutor e da
condição do veículo. Se ele precisar de informações mais detalhadas, ele tem de
entrar num canal privativo, falar com o coordenador, chefe lá da central, para
poder acessar esses dados. Fora disso, ele não tem acesso a outros dados, a não
ser o pessoal que realmente trabalha lá dentro da central. No caso do pessoal
que digita os autos de infração, eles têm acesso também limitado ao cadastro do
condutor e do veículo. Ele tem um acesso de nível básico, no qual os dados da
pessoa não são mostrados, apenas os dados da sua habilitação e os dados do seu
veículo.
Então, o
sistema de vigilância, no caso de acesso a dados pessoais, é muito eficiente.
Nós não estamos botando a mão no fogo por todo o mundo, mas, se ele acessar
indevidamente, ele deixa registrado que acessou, e nós temos como recuperar
sempre essa informação.
O SR. PEDRO RUAS: Porque
esse é o ponto central, eu queria aproveitar a presença do Dr. Cappellari e
perguntar se, nesse caso específico, esse servidor acessou exatamente esses
dados.
O SR. VANDERLEI CAPPELLARI: Não, especificamente não. Ele não acessou os dados do
cadastro, ele recebeu informações via comunicação celular e se utilizou de
informações da abordagem da cidadã.
Eu quero
deixar bem claro, Srs. Vereadores, que nós não tomamos medidas sem análise
prévia. A decisão que foi tomada em relação a esse funcionário se deu
justamente para que a boa ordem, a boa lógica e a fidelidade das nossas
informações sejam preservadas, preservando, dessa forma, a credibilidade da
instituição. Nós não podemos deixar que o cidadão de Porto Alegre se sinta
ameaçado, com o nosso funcionário tendo acesso a seus dados e os utilizando
indevidamente. Na nossa avaliação, a medida foi adequada ao tamanho do desgaste
que foi aplicado à instituição EPTC.
Não sei
se respondi a todas as questões, Vereador.
(Aparte
antirregimental do Ver. Luiz Braz.)
O SR. VANDERLEI CAPPELLARI: Quanto à fiscalização de caçambas, nós temos hoje
instrumentos bastante eficazes lá. Temos uma legislação bastante pertinente,
discutida e aprovada nesta Casa, quanto à sinalização para evitar expor o
cidadão a risco na via pública. Nós já temos hoje um contrato para recolhimento
específico, no caso das caçambas, e vamos proceder à fiscalização sempre que
houver uma caçamba sem a devida identificação do proprietário. E a questão dos
refletivos nas cantoneiras das caçambas é fundamental para evitar a ocorrência
de choques contra elas. Então, nós vamos levar isso e intensificar a
fiscalização principalmente das caçambas não sinalizadas e em locais
inadequados.
O Ver.
Luiz Braz me fez um questionamento importante sobre a informação para os
Vereadores aqui da Casa, no que nós temos trabalhado intensamente. Vereador,
peço que possa me informar, especificamente, quais solicitações não foram
retornadas, que nós vamos providenciar, porque...
(Aparte
antirregimental do Ver. Luiz Braz.)
O SR. VANDERLEI CAPPELLARI: Certo. Que fique muito claro que nós temos uma questão
importante como a determinação de sempre dar informação, de sempre dar retorno
ao Vereador, porque ele representa não a pessoa dele, mas uma demanda que
recebe da comunidade e que ele, por obrigação, deve retornar a essa base de
onde recebeu a demanda. Nós temos por obrigação sempre informar. Quando é
possível, se dá a informação, e também se informa quando não é possível se
tomar uma medida. É uma prática que a gente tem levado sempre a sério a de
retornar as informações solicitadas por esta Casa.
Quanto à
fiscalização do som, nós temos uma grande dificuldade hoje. Estamos, inclusive,
provocando o Ministério Público, para que se possa assinar algum documento,
como foi na questão da fiscalização dos maus-tratos aos cavalos, em que nós
também tínhamos uma grande dificuldade de enquadramento. O que é definido como
maus-tratos? Como se procede posteriormente? Devolve-se o animal para o
proprietário? E isso foi solucionado adequadamente. Hoje, nós praticamente
resolvemos todos os problemas de maus-tratos na Cidade com rapidez, com
eficiência, confiscando a propriedade do cidadão através de um laudo
veterinário e doando o animal, depois de recuperado, para uma pessoa que possa
cuidar dele.
A questão
do som, da fiscalização do excesso de ruído, tem uma série de dificuldades,
porque nós precisamos, para fazer a autuação, fazer a medição, saber quantos
decibéis tem esse ruído. Em espaço aberto, é muito difícil acontecer isso. O
que está acontecendo, hoje, na nossa fiscalização? Essa fiscalização acontece
sempre em parceria com a Brigada Militar. Nós estamos determinando que o
proprietário do veículo, além de desligar o som, retire o equipamento. Isso já
está atendido pela Lei. Se ele se recusar, o veículo dele é apreendido, e ele
tem que entrar, posteriormente, com documentação, com processo para retirar
esse veículo. É muito difícil, sempre há o risco de sermos processados por
abuso de poder; então, nós estamos provocando isso no Ministério Público, para
que ele intervenha e possa balizar uma fiscalização com o seu apoio.
Quanto à
fiscalização do transporte coletivo, principalmente quanto à questão dos
procedimentos de parada nas estações, nós temos 57 quilômetros de corredores de
ônibus, dois corredores com operação diferenciada, que são os corredores da Av.
Farrapos e da Av. Assis Brasil, onde os ônibus passam por ordenamento de box. Lá os ônibus são ordenados por
letras, e o usuário que vai pegar uma daquelas linhas que trafega pelos
corredores da Av. Farrapos ou da Assis Brasil sabe exatamente qual é o box onde o seu ônibus vai parar.
Facilita a vida dele, no sentido de ele não ter que transitar dentro da estação
para poder pegar o ônibus. Mas esse tipo de procedimento exige um número mínimo
para que se faça o ordenamento do comboio. Em corredores em que nós temos um
número abaixo, principalmente nos intervalos do pico, ocasiona, inclusive, um
processo de desorientação do usuário.
Aquela
estação da Av. Bento Gonçalves com a Av. Aparício Borges, que fica no corredor
da Av. Bento Gonçalves, nós estamos considerando como uma estação de
integração. Muitas pessoas que vêm da Zona Leste da Cidade desembarcam ali para
utilizar as linhas transversais, ou das linhas transversais para usar as linhas
da Lomba do Pinheiro, Agronomia, Cefer, Ipê, enfim, todas aquelas linhas da
Região Leste. Inclusive o projeto do viaduto contempla uma acessibilidade que
hoje não tem ali. Quando o viaduto ficar pronto, vai facilitar muito a
integração entre as linhas transversais e as linhas do corredor.
No
entrepico, não há nenhum problema de o ônibus até parar duas vezes numa
estação. Agora, se ele utilizar isso no horário de pico, acaba ocasionando um
grande retardo nas viagens dos ônibus, que é o nosso maior problema hoje na
operação do sistema de transporte coletivo, o aumento do tempo de viagem das
linhas de ônibus. Nos últimos cinco anos, tivemos, em média, um aumento de cinco
a sete minutos no tempo de viagem dessas linhas.
(Aparte
antirregimental.)
O SR. VANDERLEI CAPPELLARI: Isso. O número de passageiros é o mesmo, mas nós temos que
aumentar a frota de ônibus para poder atender e manter aquele intervalo de
frequência de horários de ônibus, ocasionando, inclusive, impacto na própria
tarifa.
Nós temos
trabalhado muito intensamente, até já temos um estudo para dar prioridade aos
ônibus nos cruzamentos. Já estamos bem avançados nesse sentido. Vamos colocar
sensores ao longo dos corredores para que, na aproximação do ônibus, o semáforo
funcione com uma prioridade para ele, exatamente para reduzir o tempo de
viagem, que hoje é o grande problema que temos no sentido de fazer um
planejamento mais adequado para o sistema de ônibus. Nós não podemos trabalhar
com um aumento contínuo no tempo de viagem dos ônibus; senão, a cada dois ou
três minutos desse aumento, temos que acrescentar um ônibus à frota daquela
linha sem transportar mais passageiros, simplesmente para cumprir uma tabela
horária, o que acaba impactando o custo da tarifa. E o atendimento não melhora,
o atendimento é o mesmo. Então, manter hoje o tempo de viagem das linhas é o
nosso maior objetivo.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Registro que isso também acontece lá no terminal da Av.
Assis Brasil com a Av. Baltazar, onde não há ponto de parada, e as pessoas saem
a correr de um lado para o outro para pegar o seu ônibus. Por alguns
depoimentos que temos, eles acabam perdendo o ônibus e aí perdem o segundo
passe, gratuito, porque o tempo fica muito grande, ultrapassando os 30 minutos.
É uma questão de olhar; são alguns, poucos os lugares têm essa indefinição de box.
O SR. VANDERLEI CAPPELLARI: Quanto ao Terminal Triângulo, nós passamos, lá, por uma
grande revitalização, no final do ano passado, exatamente porque é um local
bastante qualificado, e temos um cuidado especial em relação a manter as
condições daquele terminal. Ali, algumas linhas são de integração, mas a
maioria, Presidente, tem ponto demarcado, box
próprio: são as linhas cujo terminal é o Terminal Triângulo. O usuário que vem
de uma linha e desce para fazer integração, por exemplo, vem do Parque dos
Maias e vai fazer integração no T1 ou no T7, o espaço ali é bastante grande. Às
vezes o ônibus está para sair, e acaba ocasionando...
Eu queria
fazer um comentário muito positivo em relação ao projeto Câmara no Ônibus. Eu
tenho determinado que haja acompanhamento; quando não há o coordenador da área,
o técnico da área tem acompanhado. Muitas boas informações nos têm chegado em
relação à visita da Câmara de Vereadores no sistema de ônibus. Inclusive
fizemos uma auditoria em todos os consórcios, por três dias, desde o primeiro
horário até o último, fazendo a fiscalização de lotação, do cumprimento da
tabela horária, o que gerou 2.170 multas, Presidente, por descumprimento de
tabela horária. Todas elas já foram aplicadas, e algumas, vamos dizer em torno
de 50%, estão em fase de recurso dos operadores. Estamos programando uma nova
ação para fazer uma auditoria completa, novamente, no sistema. Temos
fiscalizações aleatórias pegando algumas linhas, mas, naquele período, nós
definimos que era importante trabalhar em todos os terminais, tanto no terminal
bairro quanto no terminal Centro, de todas as linhas do consórcio. Tivemos um
número de fiscais, praticamente metade da fiscalização, nesses três dias por
semana, que foram feitas na segunda, na quarta e na sexta-feira; dias
contínuos, desde o primeiro horário da manhã até o último horário da madrugada,
para exatamente poder fazer uma auditoria completa de toda a operação do
sistema por consórcio.
A partir
dessa operação, muitas reuniões foram realizadas entre os operadores. Houve
adequações de algumas necessidades dos operadores para poder atender e montar
um sistema de relatório, principalmente das ocorrências. Nós não podemos
penalizar o descumprimento da tabela horária, quando há uma ocorrência que
justifique isso: um acidente, um bloqueio da via, enfim, uma manifestação
pública que prejudique o deslocamento do ônibus. E nós conseguimos montar uma
estratégia muito clara, agora com os operadores, definindo o que é uma
ocorrência que justifique o descumprimento ou o atraso da tabela horária. Isso
tem qualificado muito o número de reclamações por descumprimento de tabela horária;
a partir da operação, o descumprimento caiu para menos da metade. Nós temos
acompanhado isso constantemente, através do 118.
Então,
estamos muito atentos quanto à operação do sistema de ônibus, porque realmente
nós temos que qualificá-lo. Hoje, a frota de automóveis cresce diariamente, e,
se não tivermos um cuidado necessário para manter um transporte coletivo
adequado para que as pessoas deixem os seus automóveis em casa e possam usar o
ônibus, realmente teremos uma série de dificuldades para transitar na nossa
Cidade.
Eu quero
parabenizar a Casa por ter tomado essa medida de vistoriar constantemente o
sistema de transporte, porque isso nos obriga a tomar medidas e a fazer todo o
processo de acompanhamento do sistema, continuamente. Então, parabéns pela
decisão da Câmara.
Quanto à
licitação da Restinga, nós temos trabalhado com muito afinco para concluir o
edital de licitação da linha Restinga e Belém Novo; é nossa prioridade concluir
esse processo o mais breve possível. É uma licitação bastante difícil. Nós,
aqui em Porto Alegre, ainda não temos a expertise,
a sabedoria de conduzir esse tipo de licitação, Vereador, mas estamos buscando
os históricos de tudo que é local que fez algum tipo de licitação na linha;
estamos finalizando o processo. É um grupo de trabalho do qual participam
quatro técnicos da EPTC, dois da PGM, dois da Fazenda, exatamente para que o
processo seja o mais qualificado possível e que não permita nenhum tipo de
interferência posterior. A nossa meta é, em junho do ano que vem, inaugurar a
linha, declarar minimamente o vencedor, o operador para operar as linhas, para
que a gente, realmente, possa ofertar esse transporte diferenciado tanto para
Belém Novo como para a Restinga e no Eixo todo. Não vamos dizer assim que já
estamos finalizados, mas pretendemos, até o final da primeira quinzena de
novembro, já colocar o edital lá para a Comissão de Licitação publicá-lo.
Então, pretendemos concluí-lo, e, no início de dezembro, deve estar sendo
publicado o Edital. É uma grande demanda. O Ver. Mario Fraga é da região e tem
acompanhado constantemente a questão da licitação.
Em
relação ao comentário que o Ver. Sebastião Melo fez, eu, apesar de concordar
com ele sobre a desqualificação da abordada, não justifica a atitude do nosso
funcionário, do nosso agente de trânsito tomar medidas como aquela. Então, nós
achamos que tomamos a medida correta em desligar o funcionário dos nossos
quadros.
Acredito
que é isso; a EPTC tem por base sempre trabalhar com transparência, com
lealdade, para que a gente possa realmente conquistar a confiança da população
de Porto Alegre.
Quero
agradecer ao Celso Pitol, que realmente tem feito um trabalho diferenciado aqui
nesta Casa e nos dado uma assessoria importante, para que a gente realmente
possa atender esta Casa adequadamente.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): É isso, então, Secretário? Acho que podemos aplaudir a
disponibilidade e a capacidade de escuta do nosso Secretário Cappellari, o
respeito que tem com esta Casa e com as iniciativas que esta Casa toma.
(Palmas.) É muito, muito importante. Parabéns, e muito obrigada, Secretário,
pela sua presença aqui conosco. (Pausa.)
O
Secretário deixou comigo as orientações, o Manual de Procedimento da
Fiscalização, e enviará aos Vereadores, se for solicitado, para não haver
desperdício. Os Vereadores que entendem importante tê-lo, por favor, encaminhem
um e-mail à EPTC. Tomo a decisão de
solicitar para todos os Vereadores.
Eu quero
ponderar a V. Exas que nós combinamos fazer, às 17h, a homenagem aos
funcionários da Casa que completaram 15, 20 e 25 anos de serviço. Então,
estamos considerando a Pauta Especial cumprida.
Pergunto
se V. Exª podem abrir mão da Pauta normal, considerando-a cumprida: Ver. Elói,
Ver. Reginaldo, Ver. Professor Garcia, Ver. Mauro e Ver. Sebastião Melo. Pode
ser? (Pausa.)
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05
oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 3264/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 157/11, de autoria do
Ver. Bernardino Vendruscolo, que
declara de utilidade pública o Grupo Escoteiro Lídia Moschetti – Gelmo.
PROC.
Nº 3297/11 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 033/11, de autoria do Ver. Bernardino
Vendruscolo, que concede o
Diploma Honra ao Mérito à GGM Artigos Esportivos Ltda. ME – BikeTech.
PROC.
Nº 3358/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 165/11, de autoria do
Ver. Reginaldo Pujol, que
denomina Parque João Pereira da Fonseca o logradouro público cadastrado
conhecido como Parque 5052, localizado no Bairro Hípica.
PROC.
Nº 3394/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 169/11, de autoria do
Ver. Dr. Thiago Duarte, que
inclui a efeméride Dia do Arquivista no Anexo
à Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010 – que institui o Calendário de Datas
Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre e organiza e
revoga legislação sobre o tema –, e alterações posteriores, no dia 20 de
outubro.
PROC.
Nº 3447/11 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 036/11, de autoria do Ver. Mauro Pinheiro,
que concede a Comenda Porto
do Sol ao Instituto da Sagrada Família – Província Meridional da Sagrada
Família.
PROC.
Nº 3494/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 041/11, que altera o
art. 1º da Lei nº 8.605, de 19 de setembro de 2000, alterando para Associação
Filhas de Santa Maria da Providência (AFISMAP) a denominação da entidade
declarada de utilidade pública por esta Lei.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Então, Pauta normal também cumprida. Como tínhamos apenas um
Projeto para a Ordem do Dia, vamos trabalhá-lo na segunda-feira.
Agradeço
aos Vereadores a compreensão.
Estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 17h5min.)
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